Livro reúne propostas de jovens pesquisadores para uma Amazônia mais sustentável e inclusiva
Texto: André Julião | Agência FAPESP
Um grupo de jovens pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, de diversas partes do Brasil e de outros países amazônicos e extra-amazônicos apresenta uma série de propostas para o desenvolvimento sustentável e inclusivo da Amazônia no e-book Diálogos Amazônicos: contribuições para o debate sobre sustentabilidade e inclusão, lançado no dia 14 de novembro, em evento pela Agência FAPESP.
A publicação é fruto da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) Amazônia Sustentável e Inclusiva, realizada entre 21 de novembro e 5 de dezembro de 2022 em São Pedro (SP), com da FAPESP (leia mais em: ).
Na ocasião, 88 jovens cientistas envolvidos em pesquisas na Amazônia se reuniram por duas semanas para assistir aulas de renomados especialistas em diferentes temas envolvendo a região. Mais importante, porém, foi a construção de novos conhecimentos a partir das diferentes perspectivas dos pesquisadores, 60% brasileiros e 40% de países amazônicos, como Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname, Venezuela, e extra-amazônicos, como Guatemala, México, Estados Unidos, Itália e Países Baixos.“O objetivo da escola foi contribuir para a formação e capacitação de estudantes, pesquisadores e profissionais da área de biodiversidade e serviços ecossistêmicos que futuramente estarão liderando centros acadêmicos e de pesquisa, agências de governo, empresas, indústrias, organismos internacionais e diversos outros setores e instituições. O resultado das experiências e aprendizados adquiridos nesse processo está consolidado nos trabalhos que compõem este e-book”, explica na introdução , professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), coordenador da ESPCA e um dos organizadores da publicação.
Disponível para em , e , o livro de dez capítulos é dividido em três seções: vetores de degradação e impactos de larga escala na Bacia Amazônica; inclusão e diversidade cultural na Bacia Amazônica, tanto no nível local como no transnacional; e aspectos relacionados à governança local, participação e transdisciplinaridade.
Novas perspectivas
“O curso abriu uma vereda de reflexões muito grande. Para mim, o mais impactante foi o que chamamos de tiping point das ciências da conservação na Amazônia. Ficou muito claro que precisamos, de fato, de uma mudança paradigmática na forma como enxergamos a conservação, como se faz ciência na Amazônia”, relatou João Vitor Campos-Silva, presidente do Instituto Juruá, participante da escola e um dos autores do capítulo “A transdisciplinaridade é imprescindível para reformular um futuro sustentável para a Amazônia”.
O evento de lançamento pode ser assistido na íntegra em: .
Para baixar o e-book acesse: .