Astrônomos capturaram um vídeo que mostra evidências de uma colisão entre Júpiter e um pequeno objeto celestial – provavelmente um cometa ou asteroide. Embora na gravação pareça apenas um pequeno sinal de luz, o resultado foi anormalmente poderoso.
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Segundo Phil Plait, a colisão ocorreu em 17 de março, mas a confirmação do evento só veio esta semana. Um astrônomo amador na Áustria usou um telescópio de 20 cm para capturar o evento – que poderia ser alguma espécie de artefato visual, em vez de um fenômeno real.
Então, um segundo vídeo capturado com um telescópio de 28 cm na Irlanda confirmou que houve o impacto:
Plait diz que o asteroide ou cometa não era tão grande, e provavelmente tinha menos de 100 m de diâmetro. No entanto, quando falamos de colisões celestiais, não é o tamanho que importa, e sim o impacto.
Como a gravidade em um planeta depende de sua massa, e Júpiter é o planeta com maior massa no sistema solar, o objeto deve ter rapidamente ganhado uma alta aceleração, liberando uma tremenda quantidade de energia cinética no impacto.
Sobre isso, Plait explica:
Em média (e ignorando a velocidade orbital), um objeto atingiria Júpiter com aproximadamente cinco vezes a velocidade que atingiria a Terra. Logo, o impacto da energia seria 25 vezes superior.
O asteroide que atingiu Chelyabinsk (Rússia) em 2013 tinha 19 m de comprimento e explodiu com uma energia de 500 mil toneladas de TNT. Agora multiplique isso por 25, e você perceberá que uma rocha não precisa ser tão grande para atingir Júpiter e conseguirmos notá-la daqui da Terra.
A essas grandes velocidades, atingir a atmosfera é como bater em uma parede. Muitos ficam confusos (com razão) em como um asteroide pode explodir por causa do ar, mas as pressões envolvidas quando ele passa pela atmosfera a grandes velocidades são ridiculamente grandes. O ar e a rocha esquentam, a rocha começa a desfalecer, e cada pedaço dela fica ainda mais quente, criando rapidamente uma cascata que libera a energia cinética em um ou dois segundos.
O resultado, resume Plait, é um “grande impacto”.
Esta não é a primeira vez que vimos Júpiter ser atingido por um objeto. Em 1994, foram , o que também ocorreu em 2010 e 2012. Segundo Plait, Júpiter é atingido pelo menos uma vez por ano por algo que é possível notar da Terra.
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