Com a missão Juno, da NASA, cada vez mais próxima de Júpiter, a terrível realidade de voar próximo de um dos maiores planetas de nosso sistema solar começa a aparecer. Na quarta-feira (29), o Jet Propulsion Laboratory liberou áudios da espaçonave captados durante a travessia da área de choque em arco de Júpiter e entrada na do planeta.
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O é essencialmente o acesso ao campo magnético de Júpiter. Como partículas carregadas (chamadas de vento solar) se aproximam deste campo invisível a velocidades supersônicas, elas são aquecidas e forçadas a diminuírem de velocidade, produzindo algo semelhante a uma explosão sônica. A sonda Juno levou cerca de duas horas para passar por esta área.
No dia seguinte, em 25 de junho, a sonda Juno oficialmente passou pelo campo magnético do Sol e entrou no de Júpiter. Isso é basicamente o que eu imagino como deve ser o som de voar pelo inferno:
Essas gravações são apenas um pouco do que está por vir da mais assustadora missão da ciência planetária já feita. No dia 4 de julho, a sonda Juno vai ligar seu motor principal, diminuindo a velocidade de 265.541 km/h para uma mais modesta, e entrar na órbita de Júpiter. Após alguns meses, ela vai analisar o topo de gigantes nuvens de gás polar e tirar fotos das maiores tempestades geomagnéticas registradas no sistema solar em um altitude de quase 5 mil metros, tudo isso enquanto leva pancadas dos poderosos cinturões de radiação do gigante planeta gasoso.
Ficaremos de olho no progresso dessa espaçonave nos próximos dias, então fique ligado.
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Imagem do topo: Renderização do campo magnético de Júpiter. Crédito: NASA/JPL-Caltech.