Jovem ucraniano cria drone que detecta minas terrestres
As minas terrestres apresentam riscos não só para os soldados, mas também para civis que vivem em áreas que foram zonas de guerra no passado. Estima-se que exista cerca de 110 milhões de explosivos enterrados em 60 países do planeta e, com os combates recentes, o número pode piorar.
Há dois tipos de minas terrestres: aquelas que afetam veículos e outras voltadas às pessoas. Em 1997, mais de 150 países assinaram um tratado que proibia esse segundo tipo, mas nações como Rússia e Estados Unidos não aceitaram o acordo.
Tendo esse cenário como base, Igor Klymenko, da Ucrânia, desenvolveu um . O jovem de 17 anos trabalhou na tecnologia enquanto se abrigava dos ataques russos em um porão com outras oito pessoas.
Seu dispositivo utiliza um detector de metais acoplado a um drone quadcopter F5 PRO. A duração de seu voo varia de 20 a 30 minutos, podendo percorrer uma distância de até oito quilômetros.
Funciona da seguinte forma: antes de alçar voo, o drone registra as coordenadas do local de lançamento. Quando o dispositivo encontra a mina, ele envia um sinal ao usuário. Neste processo, é mostrado quanto tempo passou desde o início da viagem até o momento em que o sinal foi recebido.
Então, entra a matemática. Um software desenvolvido por Klymenko calcula as coordenadas da bomba a partir da velocidade do drone, da hora de lançamento e da hora em que o detector de metais localizou a mina.
A tecnologia do jovem ucraniano deve poupar profissionais e animais farejadores que realizam esse tipo de busca e ficam expostos ao perigo. No futuro, Klymenko pretende adicionar em seu dispositivo um sistema de tinta spray capaz de demarcar o local da mina, inteligência artificial para avaliar o tipo de explosivo e, quem sabe, até mesmo um detonador.