Jornalistas brasileiros na Ucrânia mostram a guerra pelo Twitter
Além da cobertura feita na TV, internet, jornais e revistas, a rede social pode servir para acompanhar bastidores e obter informações quase instantâneas do conflito. Veja quem vale acompanhar
Em tempos de fake news e rumores sendo repercutidos por fontes pouco confiáveis, o trabalho de jornalistas in loco se torna ainda mais fundamental. Especialmente no caso de conflitos com implicações geopolíticas tão grandes, como é o caso da invasão russa à Ucrânia.
A dificuldade de obter e confirmar informações vindas de milhares de quilômetros de distância –e, muitas vezes, repercutidas primeiro em uma linguagem pouco familiar– vem sendo diminuída graças ao trabalho de jornalistas brasileiros. Para nossa sorte, há uma série de profissionais que estão próximos ao local onde a história está sendo escrita.Apesar de uma vasta cobertura nos principais canais de comunicação, nem tudo pode ser falado na TV e muito dos bastidores e do dia a dia acaba passando batido de matérias em jornais, revistas e internet. Por isso, muitos usuários acabam recorrendo ao Twitter, onde profissionais têm detalhado ainda mais a situação por lá, em posts e vídeos –praticamente em tempo real.
O fotógrafo freelancer Gabriel Chaim, por exemplo, tem postado em seu perfil fotos dos últimos acontecimentos. Em um de seus tuítes mais recentes, ele mostra o desespero das famílias que estão buscando abrigo contra bombardeios nas estações geladas de metrô em Kiev, capital ucraniana.
O repórter Yan Boechat, do grupo Band, destacou em sua página que já conseguiu escutar explosões que parecem ser dentro de Kiev. Pelo menos três foram relativamente perto da área central.
O jornalista Sérgio Utsch, correspondente do SBT, mostrou que seu hotel já está quase vazio. Ele também contou como a polícia local tem tratado a impressa estrangeira no país.
Em outro tuíte, ele conta que está se preparando para entrar em instantes ao vivo, com a voz ofegante ele mostra, e diz ter ouvido a terceira sirene de alerta de ataque aéreo.
De novo. — Sérgio Utsch (@utsch)
Na manhã deste sábado (26), o hotel em que Utsch estava hospedado foi ocupado pela milícia, e o jornalista foi obrigado a sair para procurar um lugar seguro.
URGENTE: hotel de correspondente do SBT é ocupado pela milícia e Sérgio Utsch () é obrigado a sair para procurar um lugar seguro. — SBT News (@sbtnews)Além dos perfis mencionados acima, existem outros profissionais da imprensa brasileira escalados como correspondentes na Ucrânia. Eles trabalham para reportar todas as vertentes da invasão em tempo real. Listamos sugestões de perfis. – Eduardo Gayer – Estadão – Sérgio Utsch – SBT – Leandro Stoliar – TV Record – Yan Boechat – Grupo Band – Rodrigo Carvalho – TV Globo – Annelise Borges – Euronews O jornalista Igor Gielow, da Folha de S.Paulo, também está na cobertura. Ele não tem conta no Twitter.