Pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão, projetaram um satélite de madeira e querem lançá-lo ao espaço em uma missão da JAXA (agência espacial japonesa) em parceria com a NASA no ano que vem.
Mas por que fazer um satélite de madeira? Se esta for uma alternativa viável para a construção dessas engenhocas, traria alguns benefícios em relação às ligas metálicas usadas hoje. É um material mais ecológico, e seria mais fácil e barato de se produzir um satélite com ele, segundo os pesquisadores.
Além disso, ter um material mais descartável que facilita o “processo de aposentadoria” de um satélite. Dispositivos assim certamente queimariam completamente durante sua reentrada na atmosfera ao fim da vida útil – e, se restasse alguma parte, a madeira se decomporia em qualquer lugar do planeta em que caísse.
O projeto começou em abril de 2020 e, em 2021, testou um protótipo do satélite de madeira em condições simuladas da (LEO, na sigla em inglês) – uma faixa do espaço que não ultrapassa os dois mil quilômetros de altitude, segundo a concepção da agência americana. Na época, o desempenho do produto já surpreendeu os cientistas.
Depois, três amostras diferentes de madeira viajaram à Estação Espacial Internacional, onde ficaram por dez meses em 2022. O astronauta Koichi Wakata, da JAXA, trouxe o teste de volta à Terra em janeiro deste ano, e os cientistas do projeto analisaram os resultados.
Eles afirmaram em comunicado que a exposição prolongada ao ambiente extremo do espaço sideral – que envolve mudanças mudanças significativas de temperatura e exposição a raios cósmicos e radiação solar – não causou decomposição ou deformações na material, como rachaduras, descamação ou quaisquer danos à superfície.
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