Japão se prepara para seguir com planos de despejar água radioativa de Fukushima no oceano
O debate sobre o que fazer com toda essa água contaminada vem ocorrendo há sete anos. Em setembro de 2019, o ministro do meio ambiente japonês Yoshiaki Harada preparou o público para essa eventualidade, dizendo que era sua “” de que esse era o caminho certo. No início de 2020, um painel de especialistas formado pelo governo para analisar o assunto concedeu sua aprovação, dizendo que o plano de despejo apresentava “”. Dito isso, um estudo do Woods Hole Oceanographic Institution, publicado em agosto, alertou para a possibilidade de que outros contaminantes potencialmente perigosos nas águas residuais, como carbono-14, cobalto-60 e estrôncio-90, ainda possam ser liberados no Oceano Pacífico.
A TEPCO afirma que os níveis de radionuclídeos – além do trítio – estarão dentro dos padrões internacionais, mas somente após o trabalho de tratamento secundário, relata o The Japan Times. Ao mesmo tempo, Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, declarou publicamente que o plano da TEPCO atende aos padrões globais. “Qualquer caminho a seguir deve ser baseado em um processo científico, um processo que se baseia em uma metodologia comprovada e com base científica”, Grossi em fevereiro. “É óbvio que qualquer metodologia pode ser criticada. O que estamos dizendo do ponto de vista técnico é que esse processo está de acordo com a prática internacional”.A comunidade pesqueira da região não está nada entusiasmada. Eles temem que o despejo de água contaminada assuste os consumidores e que as pessoas, tanto em território nacional como no exterior, passem a evitar frutos do mar provenientes da região (na verdade, a Coreia do Sul já os frutos do mar de Fukushima). Os pescadores também afirmam que a mudança desfará anos de trabalho para reconstruir a indústria sitiada, como o Kyodo News. Hiroshi Kishi, presidente da JF Zengyoren – uma cooperativa de pesca – expressou sua oposição ao plano da TEPCO.
“Somos totalmente contra o lançamento de água contaminada no oceano, pois isso pode ter um impacto catastrófico no futuro da indústria pesqueira do Japão”, Kishi durante uma reunião recente com autoridades governamentais. Em resposta, o governo disse que criará um painel especial para tratar e amenizar as preocupações. Obviamente, nem todos ficarão felizes com qualquer que seja a decisão que o governo tomar. Afinal, eles são chamados de desastres nucleares por um motivo.