Ciência

James Webb descobre que asteroide que vale quintilhões está enferrujando

O valor do asteroide 16 Psique, de US$ 10 quintilhões, supera a economia global em 70 mil vezes; veja mais detalhes do estudo astronômico
Imagem: NASA/Reprodução

Através de observações do telescópio James Webb, cientistas identificaram componentes de água no asteroide metálico 16 Psique, sugerindo que o astro, que vale quintilhões de dólares, esteja enferrujando.

Avaliado em US$ 10 quintilhões – valor que supera a economia global em 70 mil vezes –, o asteroide 16 Psique é um astro enorme, sendo o principal do cinturão entre Marte e Júpiter.

Devido à superfície extremamente brilhante do asteroide, cientistas acreditam que o 16 Psique possa ser riquíssimo em metais raros. A composição do 16 Psique, motivou a NASA a lançar a missão Psyche, para estudar essa mina de ouro em forma de asteroide.

Entretanto, nem tudo que reluz é ouro. Observações recentes do James Webb confirmaram a presença de hidroxila, um componente da água, no asteroide rico em metal.

Conforme as observações do James Webb, a hidroxila se ligou aos metais na superfície do asteroide, enferrujando o astro que vale quintilhões.

A descoberta, em um estudo de uma equipe de astrônomos liderada por Stephanie Jarmak, ex-Southwest Research Institute (SwRI), observou imagens polo norte do 16 Psique. A ferramenta NIRSPec do James Webb captou as imagens em março de 2023, detectando uma assinatura de hidroxila presente em alguns meteoros enferrujados.

Embora o James Webb não tenha detectado uma assinatura conclusiva de água, não é possível refutar sua presença, já que o elemento pode existir em outras partes do asteroide, ou em concentrações abaixo do limite de detecção do telescópio.

Contudo, os cientistas não conseguiram apontar a origem do elemento que está enferrujando o asteroide de quintilhões de dólares. Algumas hipóteses sugerem que a hidroxila se formou no asteroide, surgindo de fora do Sistema Solar.

Missão Pysche

Apesar do valor, a NASA lançou a missão Psyche, em outubro de 2023, para estudar a topografia e a gravidade do asteroide. Além disso, a missão vai testar uma nova tecnologia comunicação a laser chamada DSOC (Deep Space Optical Communication).

Essa tecnologia de comunicação espacial codifica dados em fótons em comprimentos de onda infravermelha, ampliando a qualidade de comunicação com a Terra. A missão Pysche deve chegar ao asteroide em 2029.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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