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James Webb agora traz sequência de fotos com nebulosas e galáxias

Novos dados do telescópio revelam desde estrelas desconhecidas até a presença de vapor d'água em um planeta a 1.150 anos-luz da Terra. Confira

Nesta terça-feira (12), a NASA revelou outras quatro imagens que integram o feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST). A primeira foto, que mostra a região SMACS 0723, foi apresentada ontem ao mundo durante uma transmissão realizada na Casa Branca.

O James Webb é capaz de enxergar no espectro infravermelho. Isso permite que ele capte imagens de galáxias e estrelas que se formaram 13,5 bilhões de anos atrás. 

A agência espacial já havia revelado quais seriam os primeiros alvos do telescópio, que foi mandado ao espaço no dia 25 de dezembro. Ele passou o último semestre alinhando seus espelhos e instrumentos, e agora inicia oficialmente sua operação científica.

Veja abaixo o resultado das primeiras fotos do James Webb:

Nebulosa Carina

Nebulosa Carina capturada a partir da NIRCam do James Webb. Imagem: NASA, ESA, CSA, and STScI/Reprodução

A Nebulosa Carina é considerada uma das maiores e mais brilhantes nuvens interestelares. Ela é lar de muitas estrelas massivas, algumas maiores que o Sol, e está localizada a 7,6 mil anos-luz de distância da Terra.

A foto feita com o instrumento NIRCam revela centenas de estrelas anteriormente desconhecidas, além de inúmeras galáxias ao fundo. Capturar a formação estelar é extremamente difícil, pois dura cerca de 50.000 a 100.000 anos. Porém, a sensibilidade e resolução do James Webb permitem tais registros.

Nebulosa do Anel do Sul

À esquerda, imagem obtida com o instrumento NIRCam. À direita, imagem obtida com o instrumento MIRI. Imagem: NASA, ESA, CSA, and STScI/Reprodução

A Nebulosa do Anel do Sul nada mais é do que um aglomerado de gás em constante processo de expansão. Ela orbita uma estrela binária nos estágios finais de sua vida, e está a 2 mil anos-luz de distância.

A imagem feita com o instrumento NIRCam revela ainda raios de luz extremamente finos ao redor da nebulosa. Esses brilho é proveniente das estrelas centrais e surgem graças aos buracos no meio do gás e poeira. É como os raios solares que atravessam as nuvens.

Quinteto de Stephan

Foto feita a partir dos instrumentos NIRCam e MIRI. Imagem: NASA, ESA, CSA, and STScI/Reprodução

Imagem feita a partir do instrumento MIRI do James Webb. Imagem: NASA, ESA, CSA, and STScI/Reprodução

Como o nome sugere, o Quinteto de Stephan é, na verdade, um conjunto de cinco galáxias. Esse foi o primeiro grupo de galáxias descoberto na história, no ano de 1877, e está a 290 milhões de anos-luz da Terra. 

Essa é a maior imagem já feita pelo Webb. Ela contém mais de 150 milhões de pixels e foi construído a partir de quase 1.000 arquivos de imagem separados. Como bônus, é possível ver ao fundo milhares de galáxias.

WASP-96b

Espectro do planeta gasoso WASP-96b, obtido pelo James Webb. Imagem: NASA, ESA, CSA, and STScI/Reprodução

O WASP-96b é um planeta composto principalmente por gás e que tem a metade da massa de Júpiter. Ele está localizado a 1.150 anos-luz da Terra e orbita sua estrela a cada 3,4 dias. Aqui, não temos uma foto, mas sim um espectro – a “assinatura” de luz que permitirá aos cientistas determinar a composição de sua atmosfera.

Espectros já foram observados antes, mas não neste nível de detalhe. Os altos e baixos indicam a presença de vapor d’água na atmosfera do planeta.

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