Isto é o mais perto que você consegue chegar da Coreia do Norte na internet

A Coreia do Norte é considerada um dos países mais fechados do mundo, onde a circulação de informações é bastante restrita. O regime político controla a internet, limitando o acesso a apenas alguns sites e serviços. Por isso, a menos que você viaje para lá, conhecer o dia a dia do país asiático não é tão simples assim.

Serviços de mapeamento, como o Google Maps e Google Earth, não são censurados no país, mas são poucas as informações disponíveis sobre prédios e estabelecimentos. Não por acaso, a maioria delas corresponde a hotéis e pontos turísticos, indicando que provavelmente foram preenchidos por visitantes ou por agências de viagem estrangeiras.

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No mapa da capital Pyongyang até existem um número considerável de marcações, como estações de metrô e hospitais. Mas fora da cidade, são pouquíssimos os locais com alguma informação. Em parte por uma questão geográfica: quase 80% do território é formado por montanhas e florestas. Mas, mesmo em grandes cidades, como Nampo, a quantidade de marcação é bastante escassa. Uma maneira que alguns usuários criaram para driblar isso é por meio de mapas customizados. , feito pelo site , mostra restaurantes, bares e outras atrações fora da rota turística.

Pyongyang visto de baixo

Se é até possível ver a Coreia do Norte do alto, o mesmo não vale para a visão de baixo. O serviço Google Street View não existe no país asiático, já que seria necessário que os carros da empresa norte-americana trafegassem livremente pelas cidades — algo impensável neste momento.

Com isso, restam apenas os turistas que gravam vídeos passeando pelas ruas da Coreia do Norte e postam no YouTube. Um deles é do fotógrafo cingapurense Aram Pan, que registra a cultura do país comunista no site . Em um vídeo feito em 2016, ele dirige pelas ruas da cidade de Pyongyang e registra tudo com uma GoPro. Veja abaixo:

Além disso, em outro vídeo (logo abaixo), postado em 2015 com uma câmera de 360º, ele mostra como é a experiência de andar de metrô por Pyongyang.

Zona Desmilitarizada da Coreia

Se o Google Street View é carta fora do baralho nas cidades norte-coreanas, por outro lado já é possível explorar a Zona Desmilitarizada da Coreia, considerada uma das regiões mais tensas do mundo. No começo de 2023, em celebração aos 70 anos da criação da Zona Desmilitarizada, a lançou um projeto para mostrar pela primeira vez como é a região, que está desabitada desde 1953. Desde então, o local virou um santuário da fauna e da flora, com mais de 6,2 mil espécies registradas, incluindo algumas ameaçadas de extinção. Assim como no Google Street View, o projeto navega em 360º pelos parques que se preservaram ao longo do tempo, além de conhecer as cidades que ficaram fantasmas após o início da Guerra da Coreia, em 1950. Os dois países criaram a Zona Desmilitarizada para evitar uma possível invasão de qualquer uma das partes e facilitar o diálogo entre norte e sul. Com 250 km de extensão e 4 km de largura, sua área é maior do que a cidade de Nova York.