Inteligência artificial consegue identificar Alzheimer seis anos antes de diagnóstico clínico
O mal de Alzheimer afeta dezenas de milhões de pessoas no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, ele é responsável por entre 60% e 70% dos casos de demência. Mesmo assim, a doença tem um diagnóstico bastante difícil — não existe um exame específico que aponte a patologia, e a confirmação se dá basicamente […]
O mal de Alzheimer afeta dezenas de milhões de pessoas no mundo. , ele é responsável por entre 60% e 70% dos casos de demência. Mesmo assim, a doença tem um diagnóstico bastante difícil — não existe um exame específico que aponte a patologia, e a confirmação se dá .
Isso, porém, pode mudar em breve: cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley foram capazes de treinar uma inteligência artificial para detectar a doença em exames de imagem realizados anos antes de um diagnóstico clínico.
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Os cientistas usaram mais de 2.000 exames de imagem de 1.002 pacientes de um banco de dados da Iniciativa de Neuroimagem do Mal de Alzheimer. A inteligência artificial foi treinada usando 90% dos exames, enquanto 10% foram separados para validação.
Em um conjunto de 40 exames de 40 pacientes, o algoritmo foi capaz de diagnosticar com 100% de precisão os casos de Alzheimer e descartou o diagnóstico corretamente em 82% dos pacientes que não desenvolveram a condição. Um grupo de especialistas, para comparação, acertou 57% dos diagnósticos e descartou corretamente 91% dos casos.
Mais importante do que diagnosticar corretamente é a antecipação — os diagnósticos dados pela IA se baseavam em exames que eram em média de seis anos antes da avaliação final que determinou a doença.
“Se diagnosticamos a doença de Alzheimer quando todos os sintomas se manifestam, a perda de volume cerebral é tão significativa que é tarde demais para intervir”, diz Jae Ho Sohn, coautor do estudo. Um diagnóstico antecipado pode ajudar a intervir e diminuir sintomas debilitantes, como a perda de memória e a capacidade cognitiva como um todo.
Os autores, no entanto, advertem que a nova técnica ainda está em seus primeiros passos e que o grupo de teste ainda é pequeno demais. No entanto, o trabalho abre caminhos para novos treinamentos de inteligências artificiais para lidar com outros biomarcadores da doença. É uma esperança para ajudar no combate a um mal que afeta tanta gente no mundo.
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