Inmet faz balanço sobre impactos que o El Niño gerou ao Brasil
Em atuação desde junho de 2023, o fenômeno El Niño tem causado diferentes impactos nas cinco regiões do Brasil. Para entender a dinâmica do fenômeno, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) fez uma sobre as condições climáticas observadas em 2023 e nos três primeiros meses de 2024.
O fenômeno climático ocorre devido ao aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial. De modo geral, no decorrer de 2023, os acumulados de chuva ficaram próximos ou abaixo da média em grande parte das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil
Muita chuva no Rio Grande do Sul
O estado sofreu em 2023 com diversos ciclones, que trouxeram alagamentos, inundações e problemas para a população local. Em outubro, por exemplo, a tragédia deixou 50 mortos e 8 desaparecidos na região do Vale do Taquari.
El Niño gera calor intenso
Além das chuvas, o El Niño fez as temperaturas ficarem acima da média em grande parte do Brasil. As maiores temperaturas médias foram registradas na região Nordeste, como em Guaramiranga (CE) e Triunfo (PE) — ambas com 26ºC e desvios acima de 4,0ºC.
Além disso, ao longo do ano, as regiões Centro-Oeste e Sudeste também apresentaram temperaturas elevadas. Em São Vicente (MT), a temperatura média foi de 27 ºC, o que corresponde a 3,5ºC acima da média histórica. De acordo com o Inmet, na região Sul, município de Campo Mourão, no estado do Paraná, apresentou temperatura de 2,1ºC acima da média. Um dos setores mais afetados em relação ao clima pelos efeitos do fenômeno El Niño foi a agricultura. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o ano de 2023 teve uma influência negativa do clima sobre as culturas de verão, com uma quebra de 25,7 milhões de toneladas. A boa notícia é que o Inmet prevê que no mês de abril, o El Niño deva atingir a categoria fraca e, posteriormente, iniciar o período de neutralidade, entre os meses de maio e junho.