Ministério da Saúde dificulta acesso a dados de coronavírus, e iniciativas tentam contornar
Iniciativas para disponibilizar os dados
Para contornar o que parece ser uma tentativa de , várias iniciativas independentes estão consolidando os dados das secretarias estaduais de saúde.- O site de jornalismo de dados Brasil.IO é um deles. O projeto, feito por voluntários, tem uma e .
- O site Lagom Data estes números.
- O Conselho Nacional de Secretários de Saúde lançou um para divulgar os dados que o Ministério parou de informar.
- Os veículos G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL formaram uma parceria para coletar os números das secretarias estaduais e .
- Também é possível ver os números no site do próprio Ministério da Saúde usando uma . Ela usa a API da pasta, que continua no ar, e também dá acesso à planilha do Ministério, cujo link foi removido.
Atrasos, recontagem e dados contraditórios
A postura levantou suspeitas de que o novo horário seria para diminuir a repercussão na mídia. O próprio presidente Jair Bolsonaro confirmou: “Acabou matéria no Jornal Nacional”, CNN Brasil. Em seu Twitter, porém, ele alegou que o horário era para .
No sábado (6), novos fatos e declarações vieram à tona. O empresário Carlos Wizard Martins, que colaborava com o Ministério da Saúde e era cotado para assumir um cargo de secretário na pasta, disse ao jornal O Globo, que pretendia fazer uma recontagem do número de mortos pela COVID-19 no Brasil.
O Brasil é um dos países com menor número de testes de coronavírus realizados por número de habitantes: de acordo com o site Worldometers, o País realizou 4.706 testes por milhão de habitantes. É o segundo menor número entre os 10 países com maior número de casos da doença, atrás apenas da Índia.
Além disso, vários estudos apontam para uma grande subnotificação da doença no Brasil. Alguns dizem que o número real de casos podem ser até 15 vezes maior que os confirmados.
No fim da noite de domingo (7), o Ministério da Saúde disse que o número de óbitos por coronavírus confirmados nas últimas 24 horas era de 1.382. A pasta ainda não esclareceu qual o dado correto.