Nenhum pai ou responsável autoriza, sem mais nem menos, que seu filho vá à escola sozinhos. Até que chegue nesta etapa, a pessoa mais velha acompanha o menor diversas vezes, permitindo que ele decore o caminho. Depois de um tempo, a criança está pronta para ir e vir sem riscos de se perder.
As formigas passam por um processo parecido. Basicamente, elas são capazes de ensinar umas as outras diferentes caminhos, permitindo que os insetos decorem rotas até então desconhecidas. Esse processo de ensino recebe o nome de corrida em tandem.
Pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, resolveram reproduzir o método. Os testes ainda seriam feitos com formigas da espécie Temnothorax albipennis, só que agora o professor seria um robô.
Foram construídos em laboratório dois formigueiros – um de baixa qualidade e outro melhor estruturado. Então, os cientistas colocaram um robô para conduzir a formiga do pior para o melhor formigueiro. A máquina foi equipada com glândulas de uma formiga operária que liberavam um odor atraente para o inseto aprendiz.
O robô poderia se mover por caminhos retos ou sinuosos. Em alguns momentos, os cientistas interrompiam a andança do protótipo para permitir que a formiga que o seguia coletasse pontos de referência do ambiente.
Ao final, os insetos que foram instruídos pelo robô conseguiram retornar para o antigo formigueiro com facilidade. Aqueles que não passaram pelas aulas encontraram maiores dificuldades na hora de fazer o mesmo trajeto.
Os cientistas alcançaram o principal objetivo: treinar as formigas a partir de uma máquina, mostrando que as técnicas usadas pelo próprio animal foram desvendadas e repetidas pela equipe. O estudo completo foi publicado no .