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Incrível floresta de 298 milhões de anos é descoberta abaixo de mina de carvão chinesa

Cientistas chineses e americanos estão boquiabertos após descobrirem uma gigantesca floresta de 298 milhões de anos intacta enterrada abaixo de uma mina de carvão próxima a Wuda, na China. Eles estão a chamando de a Pompéia do período permiano, porque assim como a antiga cidade romana, esta floresta também foi coberta e preservada por cinzas […]

Cientistas chineses e americanos estão boquiabertos após descobrirem uma gigantesca floresta de 298 milhões de anos intacta enterrada abaixo de uma mina de carvão próxima a Wuda, na China.

Eles estão a chamando de a Pompéia do período permiano, porque assim como a antiga cidade romana, esta floresta também foi coberta e preservada por cinzas vulcânicas.

Assim como a cidade de Pompéia, esta floresta de pântano foi tão perfeitamente mantida que os cientistas sabem exatamente onde cada planta original estava. Isso permitiu que eles as mapeassem e criassem as imagens acima. Esta incrível descoberta é “como a Pompéia”, disse Hermann Pfefferkorn, paleobotânico da Universidade da Pensilvânia, que a considerou “uma cápsula do tempo”.

Ela está incrivelmente preservada. Nós podemos entrar lá e encontrar um ramo com suas folhas ainda presas, e depois mais um ramo, e depois mais um e depois mais outro. E então encontramos o toco da mesma árvore. Isso é incrível.

Eles realmente estão encontrando árvores inteiras e plantas da mesma forma em que elas estavam no momento da erupção vulcânica, da mesma forma que os arqueólogos encontraram humanos, animais e casas na base do monte Vesúvio, próximo a Nápoles, na região italiana de Campânia. A diferença é que Pompéia foi enterrada em 79 DC, enquanto a floresta foi coberta há 298 milhões de anos, no período permiano.

Os pesquisadores encontraram a área de mil metros quadrados abaixo da mina de carvão usando maquinário industrial pesado. Eles acreditam que a floresta fossilizada foi coberta por enormes quantidades de cinzas que caíram do céu por dias e dias.

Até então, eles identificaram seis grupos de árvores, algumas com até 25 metros de altura. Algumas são do gênero Sigillaria e Cordaites, mas eles também encontraram grupos do gênero Noeggerathiales, que foi completamente extinto.

Durante o período Permiano, que se estendeu de 299 a 251 milhões de anos atrás, não havia plantas coníferas ou flores. As plantas se reproduziam como samambaias, usando esporos, e os continentes atuais ainda eram unidos em uma só massa chamada Pangeia. Este período geológico ocorreu no fim da era Paleozoica, após o período Carbônico.

Nesta época também existiam animais. Foi o tempo em que o primeiro grupo de mamíferos, tartarugas e lepidossauros e arcossauros começaram a habitar a Terra. Cientistas acreditam que o Permiano — e toda a era Paleozoica — terminou com a maior extinção em massa possível, que eliminou 90% das espécies marinhas e 70% das espécies terrestres.

Após tal evento, a era Mesozoica começou com o período Triássico. Foi quando os primeiros e verdadeiros mamíferos evoluíram, os pterossauros voaram pela primeira vez e os arcossauros surgiram para dominar a Terra.

Pfefferkorn trabalhou na descoberta com Jun Wang, da Acadêmia Chinesa de Ciências, Yi Zhang, da Universidade de Shenyang e Zhuo Feng, da Universidade de Yunnan. Os resultados foram publicados no periódico Proceedings of National Academy of Sciences. []

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