IA pode aumentar quantidade de lixo eletrônico consideravelmente
Nos últimos anos, as principais big techs do planeta vêm realizando altos investimentos em inteligência artificial generativa. Embora seja uma das principais tendências da atualidade, especialistas alertam para os riscos que o uso irresponsável da tecnologia pode trazer para a humanidade.
Um fator que, por muito tempo, passou despercebido foi o volume preocupante de resíduos eletrônicos gerados para viabilizar a execução de grandes modelos de linguagem (LLM). De acordo com um estudo recentemente publicado na revista científica , o lixo eletrônico de hardware de IA pode gerar 5 milhões de toneladas anualmente até 2030.
O dado foi obtido através de um modelo usado para calcular a escala dos descartes de data centers de IA. No entanto, os pesquisadores temem que esta estimativa possa ser mais alto. Isso porque, considerando a constante transformação da indústria de tecnologia, a alta rotatividade de servidores, além de outras particularidades deste mercado.
O que é lixo eletrônico?
Lixo eletrônico é qualquer aparelho tecnológico descartado por estar “ultrapassado” ou danificado. Ao todo, ele representa 70% de todos os resíduos produzidos em todo o mundo. Por isso, a humanidade precisa encarar o problema com mais seriedade a fim de evitar complicações em tomadas de ações no futuro. O descarte inadequado de materiais eletrônicos pode contribuir para a liberação de elementos tóxicos, como chumbo e mercúrio, por exemplo.
O estudo também propõe algumas soluções para lidar com este problema crescente. Entre elas, está, por exemplo, adoção da reciclagem de componentes de hardware de IA generativa como padrão. A medida pode contribuir para a diminuição de resíduos tóxicos em até 86%.
É importante destacar que o problema do lixo eletrônico gera impactos a nível global. Isso significa que há necessidade de um esforço conjunto de empresas e governos do mundo todo para obter uma diminuição real nos descartes de materiais de data centers de IA generativa.