A Xiaomi divulgou mais detalhes sobre o HyperOS, o sucessor da interface MIUI, nesta quinta-feira (26). Segundo a chinesa, o novo sistema tem foco em integrar diferentes dispositivos, inteligência artificial (IA) e segurança.
O software já marca presença na família Xiaomi 14 e em outros produtos recém-anunciados. O tamanho ocupado é outra vantagem: em smartphones, o sistema usa apenas 8,75 GB.
No dia último 17, o CEO Lei Jun anunciou o fim da MIUI, a interface da Xiaomi para Android. No lugar, a empresa lançou o HyperOS, com foco em IoT (Internet das Coisas), mas sem revelar os pormenores.
O novo software que terá como base o Linux e o Vela, um sistema próprio – antes, o executivo chegou a citar o Android nessa balança. A Xiaomi só não falou diretamente sobre compatibilidade com apps para o sistema do Google. Mas o aponta que não haverá restrições nesse sentido.
Já a interface mobile tem algumas mudanças, mas segue a mesma linha da MIUI.
HyperOS tornará os dispositivos mais integrados
A palavra “conectividade” resume todo o propósito do HyperOS. Não à toa, a Xiaomi relaciona a integração ao HyperConnect, que vai facilitar o contato entre os produtos do ecossistema. Assim, os usuários poderão controlar e monitorar seus aparelhos de maneira centralizada.
Como exemplo, a fabricante aponta que os usuários terão acesso à câmera traseira do smartphone pelo computador. Assim como já acontece nos gadgets da Apple e Samsung, o sistema vai facilitar compartilhamento de internet do celular para o tablet. As notificações também serão repassadas entre os dispositivos conectados.
Toda troca acontecerá em segurança graças ao ambiente de execução confiável (TEE) próprio. “Operando em hardware dedicado, este sistema de segurança isolado foi desenvolvido especificamente para proteger informações confidenciais, cobrindo uma ampla gama de recursos de segurança em smartphones e dispositivos AIoT, como biometria, senhas e bloqueios de tela”, .
Xiaomi aposta em IA para dar mais dinamismo aos dispositivos
O foco também recai sobre a IA. A Xiaomi destacou o HyperMind, um centro cognitivo para o ecossistema. Assim, o software poderá oferecer soluções de acordo com as necessidades dos usuários, tornando os processos mais dinâmicos.
“Se um usuário sempre acender a luz da sala ao desbloquear a fechadura inteligente da porta, o HyperMind iluminará automaticamente a sala depois de aprender esse padrão, após exigir o consentimento do usuário”, explicou a marca. O software também conta com um assistente próprio e outros recursos de IA.
Sistema é compatível com vários tipos de dispositivos
A ideia é que o software ofereça um suporte maior ao ecossistema de produtos da empresa. Não à toa, o HyperOS tem como objetivo tanto “liberar todo o potencial dos dispositivos” quanto unificá-los em uma “estrutura de sistema única e integrada”.
Assim, a Xiaomi disponibilizou uma configuração flexível para atender a maior gama de dispositivos possíveis. O sistema tem suporte para memória RAM de 64 KB até 24 GB, além de mais de 200 plataformas de processador e mais de 20 sistemas de arquivos padrão. Ele também promete ocupar menos espaço do armazenamento.
Para se ter ideia, em smartphones, o sistema usa apenas 8,75 GB.
HyperOS será levado para fora da China em breve
Logo de cara, a Xiaomi já deixa claro que o HyperOS já está disponível na família Xiaomi 14, no relógio Xiaomi Watch S3 e no Xiaomi TV S Pro 85” MiniLED. Os três produtos foram apresentados na China nesta quinta-feira (26), junto ao software.
Outra gama de produtos será atendida, como o futuro carro elétrico da empresa.
A empresa, porém, já tem planos para levar o sistema operacional a outros dispositivos. No dia 16, o vice-presidente Alvin Tse confirmou que o software estará disponível nas versões globais a partir de 2024.