_Ciência

Humanos já usavam tabaco há pelo menos 12 mil anos

Descobertas foram feitas durante escavações em sítio arqueológico no Deserto do Grande Lago Salgado, nos EUA.

Foto: Daron Duke e equipe

Arqueólogos encontraram evidências de que o uso do tabaco já acontecia na América há pelo menos 12,3 mil anos — 9 mil anos antes do que se pensava anteriormente. As descobertas da  foram publicadas na revista científica .

O estudo sugere que povos caçadores-coletores já teriam consumido a substância quando se sentavam em volta de suas fogueiras.

Foi durante algumas escavações em sítio arqueológico no Deserto do Grande Lago Salgado, nos Estados Unidos, que os pesquisadores encontraram sementes carbonizadas da planta. Até então, as descobertas anteriores, do sudeste dos Estados Unidos, a presença de resíduos em cachimbos há cerca de 3.300 anos. 

Sementes de tabaco encontradas durante as escavações (Foto: Daron Duke e equipe )

Daron Duke, pesquisador que chefiou o estudo e arqueólogo do Far Western Anthropological Research Group disse ao site que o vento ajudou a expor o local ao longo do tempo. 

As amostras foram escavadas em 2015. Segundo os arqueólogos, houve fogo no local há mais de 12 mil anos — pelo menos é o que indicam os pedaços de madeira queimada achados ali. Para estimar sua idade, os cientistas utilizaram uma técnica chamada ‘datação de carbono’, que envolve medir a quantidade carbono radioativo — que tem uma taxa conhecida de decomposição. 

Ainda que a equipe não possa afirmar com certeza como o tabaco foi usado, o fato de restarem apenas sementes implica que as folhas e caules da planta do tabaco — as partes com efeito tóxico — foram consumidas. “As pessoas no Pleistoceno provavelmente fumavam ou mascavam tabaco de uma forma semelhante à forma como a planta é usada hoje”, Jaime Kennedy, arqueólogo da Universidade de Oregon em Eugene.

Além das sementes, os cientistas encontraram uma lareira antiga intacta, cercada por artefatos de pedra — como pontas de lanças comumente usadas para caçar animais grandes. O local também continha mais de dois ossos e fragmentos, a maioria deles pertencentes a patos. 

Duke disse à publicação que a equipe está trabalhando para obter informações indígenas sobre o significado e a importância da descoberta. Segundo o pesquisador, isso não só ajudará a entender o achado, mas também, nos possibilitará a aprender mais sobre o que o tabaco significava para os antepassados que ​​acamparam no local e viveram na região. 

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