Ciência

Hubble e James Webb formam imagem em conjunto da “Nébula de Tarântula”

NASA divulgou imagem que detalha formação da "Nébula da Tarântula", nebulosa que se assemelha a teia de uma aranha
Imagem: Hubble Tarantula Treasury, European Southern Observatory, James Webb Space Telescope, Amateur Sources, Robert Gendler, Roberto Colombari/ NASA/ Reprodução

Com o centro iluminado e irradiações que lembram uma teia de uma aranha, a chamada “Nébula da Tarântula” foi capturada em fotografias, mesmo estando a cerca de 180 mil anos-luz de distância da Terra.

A imagem impressiona pela riqueza de detalhes, fruto da união de dados coletados por dois telescópios: o Hubble e o James Webb. Nela, é possível ver a radiação intensa dentro da Tarântula.

De acordo com cientistas da NASA, que no início de março, a fotografia também registrou ventos estelares e choques de supernovas em um aglomerado de estrelas chamado R136, que fica no centro da nébula.

Para os pesquisadores, isso energiza o brilho da nebulosa e ainda ajuda a moldar os braços e pernas da teia. Além disso, ao redor da Tarântula estão outras regiões de formação estelar. Por isso, há outros aglomerados de estrelas, filamentos e nuvens.

Sobre a “Nébula da Tarântula”

Também conhecida como , a “Nébula da Tarântula” fica dentro da Nuvem de Magalhães, cuja inclinação e ausência de poeira faz com que a nebulosa seja um berçário gigante de estrelas. 

Com o superaglomerado de estrelas R136 em seu centro, a 30 Doradus é a região HII (com gás hidrogênio ionizado) mais brilhante entre as galáxias. E, ao que tudo indica, ele não é o único produtor de estrelas massivas em 30 Doradus. Parece haver uma segunda onda de formação estelar ocorrendo dentro do perímetro da nuvem.

Além disso, cientistas estimam que o complexo tenha experimentado pelo menos 40 supernovas nos últimos 10 mil anos. Isso inclui também a mais recente, chamada SN 1987a.

No total, a “Nébula da Tarântula” tem três mil anos-luz de extensão, com massa de um milhão de sóis. Dessa forma, caberiam cerca de 75 Nebulosas de Orion em seu interior.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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