Hubble e James Webb formam imagem em conjunto da “Nébula de Tarântula”
Com o centro iluminado e irradiações que lembram uma teia de uma aranha, a chamada “Nébula da Tarântula” foi capturada em fotografias, mesmo estando a cerca de 180 mil anos-luz de distância da Terra.
A imagem impressiona pela riqueza de detalhes, fruto da união de dados coletados por dois telescópios: o Hubble e o James Webb. Nela, é possível ver a radiação intensa dentro da Tarântula.
De acordo com cientistas da NASA, que no início de março, a fotografia também registrou ventos estelares e choques de supernovas em um aglomerado de estrelas chamado R136, que fica no centro da nébula.
Para os pesquisadores, isso energiza o brilho da nebulosa e ainda ajuda a moldar os braços e pernas da teia. Além disso, ao redor da Tarântula estão outras regiões de formação estelar. Por isso, há outros aglomerados de estrelas, filamentos e nuvens.
Sobre a “Nébula da Tarântula”
Também conhecida como , a “Nébula da Tarântula” fica dentro da Nuvem de Magalhães, cuja inclinação e ausência de poeira faz com que a nebulosa seja um berçário gigante de estrelas.
Com o superaglomerado de estrelas R136 em seu centro, a 30 Doradus é a região HII (com gás hidrogênio ionizado) mais brilhante entre as galáxias. E, ao que tudo indica, ele não é o único produtor de estrelas massivas em 30 Doradus. Parece haver uma segunda onda de formação estelar ocorrendo dentro do perímetro da nuvem.
Além disso, cientistas estimam que o complexo tenha experimentado pelo menos 40 supernovas nos últimos 10 mil anos. Isso inclui também a mais recente, chamada SN 1987a.
No total, a “Nébula da Tarântula” tem três mil anos-luz de extensão, com massa de um milhão de sóis. Dessa forma, caberiam cerca de 75 Nebulosas de Orion em seu interior.