O Telescópio Espacial Hubble, da NASA, flagrou o momento exato em que a missão DART atinge o asteroide Dimorphos. Apesar de o impacto ter acontecido em setembro do ano passado, as imagens em time lapse só nesta quarta-feira (1º).
No vídeo de apenas 20 segundos é possível ver as mudanças no asteroide logo depois da colisão. A missão DART bateu de frente com o asteroide a 21 mil km/h, impacto que lançou mais de 900 toneladas de poeira no espaço.
Os registros começam 1,3 hora antes do impacto. Nesta visão, tanto Dimorphos quanto DART estão dentro do ponto brilhante central. O Hubble, porém, não é capaz de mostrar os dois corpos separadamente.
Assista ao vídeo:
A primeira imagem pós-impacto só pôde ser vista duas horas depois do evento. No vídeo, ela aparece como as pontas finas e retas que se projetam para fora do centro – um reflexo da óptica do Hubble.
Isso acontece quando os detritos voam para longe do asteroide a velocidades superiores a 6 km/h – o suficiente para não voltar para a rocha. Quase 17 horas depois da colisão, o padrão de detritos entra em um segundo estágio: uma interação dinâmica que começa a distorcer a forma de cone do padrão ejetado (8s).
Nesse momento, as estruturas se parecem com cata-ventos. É um movimento que tem relação com a atração gravitacional do asteroide Dimorphos. Por volta dos 13 segundos de vídeo, é possível ver os detritos deixados pelo asteroide no rastro comprido que parece a cauda de um cometa.
“Isso se estende em um trem de detritos onde as partículas mais leves viajam mais rápido e mais longe do asteroide”, disse a equipe do Hubble em . “O telescópio também registrou a cauda se dividindo em duas por alguns dias”.
Novas pesquisas
Em outubro de 2024, a da ESA (Agência Espacial Europeia) vai fazer uma pesquisa detalhada pós-impacto sobre o asteroide Dimorphos. A ideia é transformar o experimento em uma técnica de defesa da Terra de grande escala, caso um dia seja necessário.
A missão DART teve como objetivo testar a capacidade de alterar a trajetória de um asteroide enquanto este orbita na direção da Terra. Ainda que Dimorphos não apresentasse uma ameaça real, os dados podem ajudar pesquisadores a descobrir como mudar o caminho de um alvo em potencial com capacidade suficiente para destruir o planeta.