Hortas comunitárias podem ser arma contra o câncer; entenda
Mudanças simples na rotina são capazes de impactar a saúde humana de maneira bastante positiva. Pelo menos, foi o que mostraram pesquisadores da Universidade do Colorado em Boulder, nos EUA, que incentivaram voluntários a explorarem a jardinagem comunitária.
Segundo o grupo, a atividade leva os participantes a ingerir mais fibras e praticar mais atividades físicas – duas maneiras de reduzir o risco de câncer e doenças crônicas –, ao mesmo tempo em que auxilia na redução do estresse e ansiedade. Tais resultados foram publicados na revista .
Participaram do estudo 291 adultos com idade média de 41 anos. Os voluntários não tinham experiência prévia com a jardinagem. Mais de um terço deles era hispânico e mais da metade pertencia a famílias de baixa renda.
Os participantes foram divididos em dois grupos: o primeiro teria que cuidar de uma horta comunitária, enquanto o segundo, considerado grupo de controle, foi instruído a esperar um ano até sua vez de iniciar a jardinagem.
Durante todo o projeto, os voluntários responderam pesquisas sobre ingestão nutricional e saúde mental. Eles também foram submetidos a medições corporais e usaram monitores de atividade física.
O resultado empolgou a equipe: os participantes do grupo de jardinagem comiam, em média, 1,4 gramas a mais de fibra por dia do que o grupo de controle – um aumento aproximado de 7%. A fibra está presente em frutas e verduras, sendo também encontrada em alimentos integrais, oleaginosas e cereais.
A recomendação diária de fibra é cerca de , sendo que a média de consumo dos adultos é inferior a 16 gramas. Ela exerce um efeito importante nas respostas inflamatórias e imunológicas, influenciando, por exemplo, a suscetibilidade ao diabetes e a certos tipos de câncer.
Os novos jardineiros também aumentaram seus níveis de atividade física em cerca de 42 minutos por semana. Além disso, foram notadas diminuições nos níveis de estresse e ansiedade, evitando maiores problemas de saúde mental.