H&M critica trabalho forçado e sofre boicote de Baidu na China
O aplicativo Baidu Maps não mostra mais as localizações da H&M na China e o Tmall, do Alibaba, um enorme site de comércio eletrônico na China, não lista mais os produtos da empresa, de acordo com uma nova reportagem da . A JD.com também retirou os produtos da sua loja virtual, de acordo com o .
As ações ocorreram após a publicação de um nesta quarta-feira (24) no jornal The People’s Daily da mídia estatal chinesa, em apoio ao algodão produzido em Xinjiang. Estranhamente, as críticas da H&M ao trabalho forçado em Xinjiang foram publicadas em 2020 e não está claro por que os meios de comunicação estatais chineses optaram por rebater estas acusações somente neste ano.
“Saudamos todas as empresas estrangeiras a investirem na China, mas se o resultado final não pode ser atingido, o respeito é um pré-requisito para conduzir os negócios”, diz o texto. “A determinação da China em salvaguardar o desenvolvimento, a estabilidade e a unidade em Xinjiang é inabalável.” A H&M tem atualmente 505 lojas na China. O país só fica atrás dos EUA e suas 582 lojas, de acordo com o próprio . A declaração de 2020 da H&M criticando o trabalho forçado em Xinjiang é tão antiga que não está mais online. Contudo, uma cópia foi salva pelo :O Grupo H&M está profundamente preocupado com os relatórios de organizações da sociedade civil e da mídia que incluem acusações de trabalho forçado e discriminação de minorias etnorreligiosas na Região Autônoma Uigur de Xinjiang (XUAR). Proibimos estritamente qualquer tipo de trabalho forçado em nossa cadeia de suprimentos, independentemente do país ou região. Se descobrirmos e verificarmos um caso de trabalho forçado em um fornecedor com quem trabalhamos, tomaremos medidas imediatas e, como consequência final, buscaremos encerrar a relação comercial. Todos os nossos fornecedores diretos assinam nosso , que afirma claramente nossas expectativas em relação ao trabalho forçado e à discriminação relacionada à religião ou etnia, para suas próprias operações e também para suas cadeias de suprimentos.
A declaração continuou explicando que a empresa não comprava algodão da região de Xinjiang e que um relatório do Australian Strategic Policy Institute errou os fatos sobre um potencial fornecedor que supostamente comprava algodão de Xinjiang para a H&M.
O The People’s Daily também criticou empresas como a Nike na quarta-feira, que também expressou preocupação com o tratamento dispensado ao povo uigur em Xinxiang no ano passado. Embora algumas celebridades na China tenham criticado a Nike nas últimas 24 horas, de acordo com a , a presença de comércio eletrônico da varejista de esportes ainda não foi tocada. Isso, é claro, pode mudar em questão de segundos.