Depois de seis anos viajando e explorando, a sonda Hayabusa2 da Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA) enviou, no sábado (5), uma cápsula de volta à Terra cheia do que os cientistas esperam ser uma amostra de pelo menos 100 miligramas do asteroide Ryugu, que está localizado a cerca de 300 milhões de quilômetros da Terra. Assim, a Hayabusa2 fez história ao trazer de volta a de asteroide de subsuperfície do mundo.
A cápsula separou-se da espaçonave Hayabusa2 principal , de acordo com a JAXA, e foi vista entrando novamente na atmosfera da Terra por volta das . Na reentrada, a cápsula brevemente se transformou em uma bola de fogo, deixando uma trilha em seu rastro, que também orientou a equipe de recuperação JAXA. Além da trilha, a própria cápsula continha um radiofarol, que emitia um sinal detectado pelos gestores da missão, para ajudar a equipe a rastrear sua localização, de acordo com o .
Antes de pousar, a cápsula lançou um paraquedas para diminuir a velocidade do veículo e permitir que ele pousasse suavemente na Área Proibida de Woomera, no sul da Austrália. A aterrissagem era apenas uma parte da tarefa; a outra era , que media cerca de 15 polegadas (aproximadamente 40 centímetros) de diâmetro.
Se você está pensando que isso não é tão pequeno assim, veja bem: ela pousou em uma área que se estende por 38 milhas quadradas (cerca de 100 quilômetros quadrados). Mas a boa notícia é que ela desembarcou na área de pouso esperada, que estava equipada com para ajudar os cientistas encontrarem sinais de rádio da cápsula, segundo o The Verge. A agência espacial também tinha um helicóptero em mãos com um receptor de farol para busca e um drone que estava tirando fotos.
Não se preocupe, eles a encontraram.
Yuichi Tsuda, gerente de projeto da Hayabusa2 na JAXA, disse que a agência encontrou a cápsula conforme planejado e que estava em perfeitas condições, de acordo com a .
“Conseguimos pousar o baú do tesouro”, disse Tsuda. “Estou realmente ansioso para abri-lo e olhar o que tem dentro.”
De fato, para os cientistas, a amostra do asteroide Ryugu realmente é como um baú do tesouro. Conforme explicado pelo The Verge, asteroides fornecem as primeiras imagens do nosso Sistema Solar. Eles existem há bilhões de anos, e os cientistas não acham que eles mudaram muito. Alguns acreditam que é possível que asteroides como Ryugu quando a atingiram, tornando o planeta habitável. Amostras podem ajudar a esclarecer essa hipótese.
Depois de chegar ao Ryugu em junho de 2018, a Hayabusa2 trabalhou muito e de maneiras criativas para obter suas amostras. Primeiro, ela um projétil sobre a superfície de Ryugu para movimentar o material da superfície e, em seguida, com sucesso, pegou os detritos usando seu instrumento de coleta de amostra, que tem o formato de um chifre. Para a segunda tentativa, o objetivo era coletar material de sub-superfície do Ryugu disparando uma , produzindo uma cratera artificial cercada por material de asteroide subterrâneo. Os cientistas ficaram especialmente entusiasmados com essa tentativa, uma vez que o material do subsolo é protegido dos efeitos do intemperismo espacial, como os efeitos dos raios cósmicos ou partículas carregadas do Sol.
Os cientistas da JAXA não têm certeza do tamanho da amostra coletada pela Hayabusa2, mas eles esperam que seja de pelo menos 100 miligramas, o que eles dizem ser o suficiente para realizar a pesquisa planejada. A primeira missão Hayabusa em 2010 não foi capaz de obter uma do asteroide Itokawa devido a uma falha no dispositivo de amostragem da nave. Como resultado, os cientistas só conseguiram recuperar microgramas de poeira do Itokawa.
Já em relação à Hayabusa2, os cientistas não saberão o que os espera até abrirem a cápsula. Ela será aberta no Japão e um anúncio sobre a quantidade de material coletado será feito posteriormente, disseram autoridades da JAXA, de acordo com a .
A Hayabusa2 ainda não se aposentou. Depois de deixar a cápsula, ela irá explorar outro asteroide, 1998KY26, para responder mais questões de pesquisa, incluindo como encontrar maneiras de que meteoritos atinjam a Terra.