80 anos de Harrison Ford! Quando se fala nas franquias como “Star Wars” e “Indiana Jones”, o nome do astro de Hollywood é o primeiro que vem à cabeça. Completando 8 décadas nesta quarta-feira (13), o ator já trabalhou em mais de 50 filmes, e já viveu diversos personagens diferentes.
Para quem não sabe, durante sua carreira, Harrison já entrou duas vezes para o livro de recordes do . A primeira vez como o ator que mais lucro de bilheteria gerou, e depois, como o ator a possuir o maior número de filmes a ultrapassarem a marca dos 100 milhões de dólares nas bilheteiras dos EUA.
Por outro lado, mesmo com o recorde no Guinness e com tantos trabalhos de peso no currículo, Harrison ainda não tem nenhuma estatueta do Oscar. Ele chegou a ser indicado como Melhor Ator pelo seu papel em “A Testemunha” em 1985.
A carreira como ator começou por acaso, no último ano de faculdade. Por incrível que pareça, anteriormente ele fazia os cursos de filosofia e literatura, mas não tinha as melhores notas. Com a ideia de tentar melhorar o currículo e perder a timidez, ele se inscreveu nas aulas de teatro e nunca mais parou.
Em meados dos anos 1960, mudou-se para Hollywood para trabalhar com rádio, e ficou na Califórnia ao assinar com a Columbia para cobrir pequenos papéis no cinema e na TV. Seu primeiro filme foi “O Ladrão Conquistador”, em 1966, que se estendeu em uma série de trabalhos menores.
Por um tempo, ele chegou a desistir da carreira de ator por não conseguir viver da arte, e arriscou a sorte como marceneiro. Com o ofício, conquistou uma grande clientela na alta hollywood, e tinha vários famosos entre os principais clientes. Curiosamente, foi assim que Ford conseguiu o papel que mudou sua vida: Han Solo.
Mas depois de tantas aparições e um currículo de peso, qual é o maior papel de Harrison Ford? Pensando nisso, separamos os 5 principais personagens que o ator viveu. Se liga só:
Presidente James Marshall, em “Força Aérea Um” (1997)
Imagem: Reprodução/Youtube
Impossível falar de papéis clássicos de Ford, e não lembrar quando ele viveu o presidente dos Estados Unidos em “Força Aérea Um”. No filme, o presidente americano (Harrison Ford) visita a Rússia, e faz um pronunciamento de nunca ceder às exigências de terroristas. No discurso, ele criticou o comportamento de seu país que, em virtude da burocracia e da diplomacia, assistiu passivamente um ditador do Cazaquistão explorar e matar o próprio povo, tendo posteriormente este mesmo ditador sendo preso com a ajuda dos Estados Unidos.
Quando o presidente volta para casa em companhia de sua família, alguns partidários do ditador assumem o controle do avião presidencial e exigem a libertação do líder deles. Caso contrário, matarão a mulher e a filha do presidente, que fica em um terrível dilema, pois se ceder e negociar com os terroristas negará aquilo que pregou, enquanto se decidir não negociar poderá ver sua família ser assassinada.
John Book, em “A Testemunha” (1985)
(Foto: Reprodução/IMDb)
Indicado ao Oscar por esse filme, “A Testemunha” mostra a viúva Rachel Lapp (Kelly McGillis) e seu filho de oito anos Samuel Lapp (Lukas Haas), que pertencem a uma comunidade amish, e fazem uma viagem. Em uma estação de trem na Filadélfia, Samuel vai ao banheiro e acaba testemunhando um assassinato no qual a vítima foi um policial, que teve a garganta cortada.
E aí que entra John Book (Harrison Ford), o detetive da polícia que investiga a morte, e leva o menino para a delegacia, onde Samuel tenta encontrar entre os “suspeitos usuais” e nas fotografias dos fichados o criminoso. Porém, o garoto descobre o assassino ao ver uma notícia de jornal, na qual o detetive McFee (Danny Glover) é enaltecido por seu trabalho no narcotráfico. Sentindo a gravidade da situação, Book leva o fato a Paul Schaeffer (Josef Sommer), seu chefe, que promete investigar o caso. Entretanto, logo McFee tenta matar Book, o que deixa claro que Schaeffer o traiu. Logo, Book descobre que o crime faz parte de uma conspiração envolvendo alguns detetives do seu departamento e, assim, a trama começa a se desenrolar.
Ford foi merecidamente indicado ao Oscar por sua atuação neste filme, mas perdeu a noite para William Hurt por seu papel em “O Beijo da Mulher Aranha”. Porém, o longa ganhou o prêmio de melhor roteiro original.
Rick Deckard, em “Blade Runner” (1982) e “Blade Runner 2049” (2017)
(Foto: Reprodução/IMDb)
Outro personagem marcante de Ford é Rick Deckard, em “Blade Runner” (1982), onde ele chegou a reviver o papel em “Blade Runner 2049” (2017), 35 anos depois. A trama do primeiro filme se passa no início do século XXI, onde uma grande corporação desenvolve um robô que é mais forte e ágil que o ser humano e se equiparando em inteligência. São conhecidos como replicantes e utilizados como escravos na colonização e exploração de outros planetas.
Mas, quando um grupo dos robôs mais evoluídos provoca um motim, em uma colônia fora da Terra, este incidente faz os replicantes serem considerados ilegais na Terra, sob pena de morte. A partir de então, policiais de um esquadrão de elite, conhecidos como Blade Runner, têm ordem de atirar para matar em replicantes encontrados na Terra, mas tal ato não é chamado de execução e sim de remoção. Até que, em novembro de 2019, em Los Angeles, quando cinco replicantes chegam à Terra, um ex-Blade Runner (Harrison Ford) é encarregado de caçá-los.
35 anos após os acontecimentos vistos em “Blade Runner: O Caçador de Andróides” (1982), a humanidade está novamente ameaçada, e dessa vez o perigo pode ser ainda maior. Isso porque o novato oficial K. de Ryan Gosling desenterrou um terrível segredo que tem o potencial de mergulhar a sociedade no completo caos. A descoberta acaba o levando a uma busca frenética por Rick Deckard (Ford), desaparecido há 30 anos.
Indiana Jones em todos os filmes da franquia (1981-2023)
(Foto: Reprodução/IMDb)
A combinação de chicote e chapéu torna Indiana Jones de Harrison Ford inconfundível. O personagem que divide seu tempo entre os ofícios de professor de arqueologia e aventureiro destemido, foi idealizado por George Lucas e conduzido ao estrelato por Steven Spielberg.
Aparecendo pela primeira vez em “Caçadores da Arca Perdida” (1981), o longa mostra o destemido aventureiro sendo contratado para encontrar a Arca da Aliança, que segundo as escrituras bíblicas conteria “Os Dez Mandamentos” que Deus revelou a Moisés no Monte Horeb. Mas como a lenda diz que o exército que a possuir será invencível, Indiana Jones terá um adversário de peso na busca pela arca perdida: o próprio Adolf Hitler.
Vivendo Indiana Jones, o ator emplacou um papel emblemático no longa, que se tornou a maior bilheteria do ano e terminada ao Oscar de melhor filme. Ford retornaria como Jones em “O Templo da Perdição” (1984), “A Última Cruzada” (1989) e “O Reino da Caveira de Cristal” (2008), além de viver novamente o personagem em 2023 no quinto filme da franquia, que ainda não teve nome divulgado. A franquia Indiana Jones caiu nas graças do público, arrecadando mundialmente algo em torno de US$ 2 bilhões, além da crítica também aplaudiu Indy ao longo dos anos.
Han Solo, na saga “Star Wars” (1977-2019)
(Foto: Reprodução/IMDb)
Se tem um papel que marcou a carreira de Harrison Ford e fez abrir muitas portas, com certeza foi Han Solo, na saga “Star Wars”. O personagem apareceu pela primeira vez na franquia em “Guerra nas Estrelas” (1977), sendo considerado como um dos mais populares da saga criada por George Lucas.
O contrabandista falastrão e sedutor, além de bastante irônico, conquistou muitos dos fãs, cujo coração logo derrete ao se apaixonar pela princesa Leia (Carrie Fisher) e protegendo seus amigos Luke Skywalker (Mark Hamill) e Chewbacca (Peter Mayhew) do mal do Império Galáctico. Tamanho sucesso fez o personagem ganhar um filme próprio onde mostra ele ainda jovem, em “ Han Solo: Uma História Star Wars” (2018), com o papel sendo vivido por Alden Ehrenreich.
Na última metade da década passada, Harrison Ford voltou a trazer às telas de cinema o seu famoso Han Solo, em “Star Wars: O Despertar da Força” (2015) e, mais tarde, em “Star Wars: A Ascensão de Skywalker” (2019). Porém, uma grave lesão impediu o ator de manter o personagem, fazendo com que esta fosse retirada da franquia.