Hackers conseguiram US$ 18 milhões com a venda de moedas digitais de FIFA, diz FBI
Agentes federais dos EUA investigam ações de grupo que enganava a EA para ganhar moedas digitais em FIFA, e depois revendia essas moedas por dinheiro real.
por Daniel Junqueira
Um grupo de hackers manteve um esquema de aquisição e venda de moedas digitais de FIFA por anos, ganhando até US$ 18 milhões em cima disso, .• A experiência perfeita de futebol nos videogames seria unir PES 2017 e FIFA 17
Eles usavam um golpe que enganava os servidores da EA para ganhar mais moedas digitais do que deviam sem precisar jogar. Eles, então, vendiam essas moedas para o mercado paralelo na Europa e na China. Era um grupo de ao menos quatro pessoas, e um deles se declarou culpado em outubro. As moedas em FIFA são dadas aos jogadores após a disputa de partidas dentro do jogo, ou gastando o seu próprio dinheiro para comprá-las. É um recurso bastante controverso dentro do game, mas que existe há alguns anos já e parece que vai continuar existindo por um tempo. Dentro de FIFA, as moedas são usadas para comprar pacotes de jogadores para o modo Ultimate Team.Esses hackers, segundo o FBI, ganhavam as moedas sem nem jogar uma partida. Usando uma ferramenta desenvolvida por eles mesmos, eles enviavam sinais para os servidores da EA como se estivessem jogando, e assim conseguiam as moedas a uma taxa bem mais rápida do que pessoas costumam conseguir.
Depois de coletar as moedas, eles revendiam em sites especializados nisso. Não é difícil encontrar esse mercado paralelo da moeda digital do jogo – busque por “moedas FIFA” no Google que você vê um monte de site vendendo numa boa essas coisas.
O golpe começou em algum momento de 2013 e durou até 17 de setembro de 2015, quando o FBI começou a investigar o caso. Eles ganharam entre US$ 15 milhões e US$ 18 milhões nesses dois anos.
Segundo o FBI, o grupo estava conectado ao Xbox Underground, um coletivo informal de hackers condenado pelo roubo de softwares de empresas como Valve e Microsoft em 2014. Um dos membros do coletivo colaborou com as investigações do FBI e disse aos agentes que ajudou na elaboração das ferramentas de engenharia reverse que eles usaram no golpe.
Ao todo quatro hackers foram vinculados ao golpe: Ricky Miller, Nicholas Castelucci, Eaton Zveare e Anthony Clark. Miller se declarou culpado, e Clark está sendo julgado nos EUA.
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