No último domingo (13), um grupo de hackers conseguiu invadir um satélite da Força Aérea dos EUA e levaram para casa um prêmio de US$ 50 mil por expor as vulnerabilidades.
O time de hackers italianos — autointitulado mHACKeroni — foi o vencedor do “Hack-A-Sat”, uma competição anual organizada pela Força Espacial dos EUA. A competição ocorre durante a , a conferência internacional da comunidade hacker.
De acordo com o , o governo norte-americano criou a competição para ajudar a encontrar falhas nas defesas cibernéticas dos EUA. Isso claro, antes que rivais, como Rússia e China, possam explorá-las.
The Department of the Air Force has made history with a successful and first-of its-kind capture-the-flag hacking competition on an operational satellite. Hack-A-Sat 4 took place Aug. 11-12 at hacking conference DEF CON 31 in Las Vegas, NV.
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— Space Systems Command (@USSF_SSC)
No evento deste ano, os hackers, pela primeira vez, tiveram a missão de invadir um satélite real no espaço. O satélite em questão é o US Air Force Moonlighter, que a NASA e a SpaceX lançaram especificamente para o evento.
Dentre os mais de 700 inscritos, cinco times foram selecionados para estrategicamente invadir o satélite que se move rapidamente ao redor da Terra.
Desse modo, o time vencedor precisou invadir o sistema e criar uma conexão de dados com o satélite e, ao mesmo tempo, impedir que os outros times invadissem o satélite.
O time de hackers italianos venceram os poloneses do time “Poland Can Into Space”. Os hackers poloneses invadiram outro satélite da Força Áerea norte-americana no ano passado, mas em ambiente de simulação.
Ataque hackers em satélites preocupam os EUA
Os organizadores realizaram essas competições para evitar que hackers possam invadir satélites em cenários reais, pois causariam grandes problemas geopolíticos.
The organizers of the Hack-A-Sat (HAS) competition discuss the importance of bridging the gap between space and cybersecurity by challenging the best hackers around the world to test our Satellite Network. (U.S. Space Force video by Walter Talens, SSC/PA)
— Space Systems Command (@USSF_SSC)
Um exemplo recente disso aconteceu em fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu satélites da empresa americana Viasat poucas horas antes de enviar tropas à Ucrânia. A invasão resultou em uma perda significativa de comunicação durante os primeiros dias da invasão ao território ucraniano.
Além disso, de acordo com os documentos vazados pelo oficial norte-americano, a China desenvolve uma tecnologia para assumir o controle e “explorar ou sequestrar” satélites inimigos como parte de um “cenário de guerra”.