Guerra do futuro: Força Aérea americana quer jatos com IA em combates aéreos
O carro-chefe dessa empreitada é a aeronave Valkyrie XQ-58A, ainda em fase de testes, que opera sob inteligência artificial. O Valkyrie representa um dos principais avanços da Força Aérea americana para aproveitar os recursos da IA na criação de novos jatos.
Além disso, o Valkyrie marca o início dos jatos que poderiam ser de grande auxílio para a frota da Força Aérea americana, sendo o potencial braço direito dos pilotos, com a missão de integrar a IA e seus sensores para identificar e avaliar ameaças inimigas e, após a autorização humana, eliminar o alvo.
O jato possui um motor de foguete, consegue cruzar longas distâncias e seu design permite carregar mísseis capazes de atingir alvos além do alcance visual. Portanto, o Valkyrie fornecerá proteção aos pilotos em outras aeronaves e, conforme a matéria do NY Times, são “ideais em missões suicidas”, ou seja, quando o oficial dificilmente consegue voltar com vida.Primeira simulação de combate da Valkyrie já tem data
De acordo com a Força Aérea americana, o desenvolvimento atual visa testar a capacidade de voo da aeronave e o software de IA, portanto a Valkyrie não carregará armas. O combate em simulação será com um inimigo “imaginário”, mas o piloto IA a bordo será programado para acreditar em uma ameaça real.
Projeto bilionário da Força Aérea preocupa organizações de direitos humanos
Além disso, apesar do vasto apoio da classe militar, a inovação da Força Aérea dos EUA com IA preocupa ativistas dos direitos humanos, pois máquinas de guerra automatizadas podem mudar a história da humanidade.
“[O uso de IA] ultrapassa uma linha moral ao terceirizar o combate a máquinas – permitindo que sensores de computadores, em vez de humanos, tirem vidas”, disse Mary Wareham ao NY Times. Wareham é a diretora da divisão armamentista do Human Rights Watch, grupo que propões normas internacionais para limitar o uso de armas letais autônomas.