Cerca de 400 focas e leões marinhos morreram na costa do Uruguai nas últimas semanas. Segundo Carmen Leizagoyen, chefe do departamento de fauna do Ministério do Meio Ambiente do país, a causa da morte é a gripe aviária.
O primeiro caso foi detectado em um leão-marinho em uma praia em Montevidéu, onde o Rio da Prata desemboca no Atlântico. Desde então, diversos animais da espécie apareceram na costa atlântica e ao longo do rio.
Para evitar a propagação do vírus, cerca de 350 deles já foram enterrados. Além disso, o governo orientou banhistas a manterem distância dos animais, mesmo que infecções humanas por gripe aviária não sejam comuns.
No entanto, Leizagoyen alega que não há mais o que se fazer. “A doença não pode ser controlada. Temos que esperar pela imunidade dos animais entrar em ação, mas não sabemos quando isso vai acontecer”, ela disse à .
O vírus de gripe aviária que circula no mundo atualmente é o H5NI, considerada uma variante (HPAI). Isso significa que causa a doença com alta gravidade e mortalidade naqueles animais infectados.
Vários países estão monitorando a situação após o primeiro caso de gripe aviária H5 ser identificado. Segundo a (PAHO), até agora 15 países da América Latina e do Caribe já detectaram surtos, uma situação nunca registrada antes.
Em geral, estes surtos identificados acontecem principalmente em áreas da rota migratória do Pacífico.
A gripe aviária no Brasil
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, no Brasil existem aviária. Cada foco é uma unidade epidemiológica na qual foi confirmado pelo menos um caso da doença.
Até quarta-feira (27), nenhum caso registrado atingia aves direcionadas ao comércio. Dessa forma, o ministério informou que não há risco ao consumo ou exportação de produtos desses animais.
Também nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou a , que abre crédito extraordinário no Orçamento de 2023 para combater a gripe aviária no país. O valor estabelecido foi de R$ 200 milhões. Agora, a MP será enviada ao Senado.