A onda de calor no Brasil em setembro aumentou o consumo de eletricidade em 6%, segundo o ONS (Operador Nacional do Setor Elétrico). Mesmo com esse dado, o MME (Ministério de Minas e Energia) não considera necessário reativar o horário de verão.
“Em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo, os dados não apontam, até o momento, para nenhuma necessidade de implementação do Horário de Verão”, diz a nota.
De acordo com a pasta, a situação dos reservatórios e a oferta de fontes renováveis são suficientes para o fornecimento de energia. Os reservatórios das hidrelétricas devem encerrar setembro com mais de 70% nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte, como apontou o ONS.
“É importante ressaltar que o período tipicamente seco está próximo do seu encerramento, o que torna os resultados de EAR [energia armazenada na forma de água nos reservatórios] mais relevantes”, disse o órgão (via ).
Horário de verão divide opiniões
O horário de verão foi suspenso em 2019, depois de surgir em 1931. Na época, o governo disse que mudanças no padrão de consumo de energia e avanços tecnológicos alteraram o pico de consumo de eletricidade.
A intenção adiantar o relógio em uma hora e usar a luz natural para economizar energia durante o verão, estação com dias mais longos. E, assim, reduzir o risco de apagões no país.
Na última sexta-feira (22), a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) encaminhou uma carta ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo pelo retorno do horário de verão. A justificativa é que adiantar uma hora nos relógios estimula o consumo no setor no período da tarde e da noite.
Em novembro passado, o presidente abriu uma enquete informal no X (Twitter) para consultar a população sobre a volta do horário de verão. 66,2% das pessoas aprovaram a ideia, enquanto 33,8% rejeitaram.