Governo assina compra de 138 milhões de doses de vacinas da Pfizer e da Janssen

Serão 100 milhões de doses da Pfizer e 38 milhões da Janssen. As entregas começam em abril, mas grande parte chega só no segundo semestre.
Foto: Justin Tallis/AP
O governo brasileiro assinou nesta sexta-feira (19) os contratos para as compras das vacinas contra Covid-19 da Pfizer e da Janssen. Serão 100 milhões de doses da Pfizer e 38 milhões da Janssen. As entregas começam em abril, mas grande parte chegará mesmo só no segundo semestre.

O cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde e repercutido pelo prevê a entrega da seguinte maneira:

Pfizer

  • 1 milhão de doses em abril;
  • 2,5 milhões de doses em maio;
  • 10 milhões de doses em junho;
  • 10 milhões de doses em julho;
  • 30 milhões de doses em agosto;
  • 46,5 milhões de doses em setembro.

Janssen

  • 16,9 milhões de doses entre julho e setembro;
  • 21,1 milhões de doses entre outubro e dezembro.

A vacina da Pfizer já conta com registro definitivo no Brasil desde fevereiro. Ela foi a primeira vacina contra Covid-19 a passar por esse procedimento no Brasil. Já a Janssen ainda não foi analisada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) — a farmacêutica e a agência .

Das vacinas já em uso no País, a da AstraZeneca/Oxford foi registrada na semana passada, enquanto a CoronaVac conta com autorização de uso emergencial, mas o pedido de registro definitivo já foi .

A decisão de comprar as vacinas da Pfizer e da Janssen foi divulgada há duas semanas, no dia 3 de março. Na ocasião, o Senado havia acabado de aprovar uma lei que permite que a União, os Estados e os municípios arquem com as de eventuais danos causados pelas vacinas. O imbróglio em torno da responsabilidade legal das vacinas foi uma das alegações do governo federal para justificar o fato de não ter comprado , com entrega das primeiras doses prevista para dezembro daquele ano.

Além das vacinas da Pfizer e da Janssen, o governo federal anunciou nas últimas semanas acordos para comprar 20 milhões de doses da vacina Covaxin, do grupo indiano Bharat Biotech, e 10 milhões da Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou, na Rússia. Ambas ainda não contam com registro definitivo nem com autorização de uso emergencial no Brasil.

A na campanha de vacinação contra a Covid-19 vem sendo bastante criticada por especialistas — e vale dizer que o País já foi referência em imunização da população. Até esta quinta-feira (18), 10,9 milhões de brasileiros haviam recebido . O Brasil passa pelo , com o número de mortes diárias acima de 2.000 e praticamente todo o território com números críticos de ocupação de UTI, à beira de um colapso hospitalar.

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