Gordura pode se acumular nos pulmões e piorar sintomas da asma, aponta estudo
Dito isso, mais de 1.300 amostras de vias pulmonares foram estudadas no microscópio, retiradas de 52 pessoas. Os autores descobriram tecidos gordurosos nos pulmões dos três grupos, mas aqueles que tinham sobrepeso ou eram obesos tinham, em média, níveis maiores de gordura pulmonar do que todo o resto. Quanto maior o índice de massa corporal (IMC), maiores as chances de se ter mais gordura pulmonar. Maior IMC e mais gordura nos pulmões também estavam ligados à vias pulmonares mais grossas e a mais inflamações.
Existem para explicar por que pessoas que têm sobrepeso ou são obesas têm mais chances de ter asma, ou ter sintomas piores para a asma. Alguns argumentaram que a gordura em excesso no abdômen poderia fisicamente apertar os pulmões, tornando mais difícil pata que eles trabalhassem quando uma pessoa com asma tivesse um ataque. Outros teorizaram que a inflamação crônica ligada à obesidade poderia afetar as chances de severidade de asma, uma vez que a doença geralmente é causada por uma inflamação.De acordo com os autores, suas descobertas não descartam essas teorias. Mas o estudo, na European Respiratory Journal, pode adicionar uma nova explicação à lista.
“Descobrimos que o excesso de gordura se acumula nas paredes das vias respiratórias onde ocupa o espaço e parece aumentar a inflamação dentro dos pulmões”, disse o co-autor do estudo e professor da Universidade da Austrália Ocidental em Perth, em um . “Achamos que isso está causando um engrossamento das vias respiratórias que limita a circulação do ar nos pulmões, e que isso poderia pelo menos parcialmente explicar um aumento nos sintomas da asma”.
Os autores dizem que esse é o primeiro estudo a examinar a gordura de dentro dos pulmões das pessoas. Mas existem condições conhecidas ligadas à obesidade e acúmulo de gordura em outros órgãos, como a doença de . Neste momento, no entanto, ainda é preciso ser feita muito mais pesquisa para confirmar essa ligação. Os autores dizem que eles já estão encaminhados em um estudo que procura por tecidos gordurosos nos pulmões de pessoas vivas. Pesquisas fúrias poderiam testar também se perder peso pode reduzir o risco ou a severidade da asma.