Google se retira de conferência saudita em meio a suposto assassinato do jornalista Jamal Khashoggi
O Google é a mais recente empresa de tecnologia a se retirar de uma importante conferência na Arábia Saudita informalmente conhecida como a “Davos do Deserto”. A companhia não deu uma razão oficial para a sua decisão, mas outras empresas se retiraram citando o desaparecimento do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi, visto pela última vez no consulado saudita na Turquia.
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A Arábia Saudita anunciou no final de semana que qualquer um espalhando “fake news” online seria condenado a até cinco anos de prisão, além de ter que pagar multas pesadas. O reino não mencionou Khashoggi especificamente, mas nem precisou. Todos sabem que a Arábia Saudita está entrando em pânico, à medida que se torna mais provável que o país vá enfrentar consequências econômicas severas pela suposta morte de Khashoggi — não por auxílio do presidente norte-americano, Donald Trump, que fique claro. O regime Trump ainda está apoiando firmemente a Arábia Saudita, graças, em grande parte, aos interesses de empresas militares norte-americanas.
“Eu vou te dizer o que eu não quero fazer”, afirmou Trump no programa 60 Minutes, na noite de domingo. “Eu não quero prejudicar os empregos. Eu não quero perder um pedido assim. E, quer saber, existem outras maneiras de punir.”
[]Imagem do topo: Getty