Google Meet em 3D já passa por testes nos EUA
Nova tecnologia do Google permitirá teleconferências hiper-realistas em 3D. Aqui está o que sabemos da tecnologia até agora
Os softwares de videoconferência se popularizaram como nunca durante o isolamento social. Por mais que aplicativos como Zoom e Google Meet existam há anos, muitas pessoas utilizaram pela primeira vez esses apps por conta da Covid-19.
Agora que já estão inseridas no cotidiano, o desafio é inovar no serviço. Se depender do Google, em breve teremos a possibilidade de fazer teleconferências em 3D.
Batizado de Starline, o projeto foi detalhado em um feito pela divisão de pesquisa da empresa. A ideia foi criar um sistema que garanta uma sensação de conexão pessoal por meio de “cabines de telepresença”.
A nova tecnologia busca ir além do 2D para oferecer a ilusão de que a outra pessoa — em tamanho real — está sentada a poucos metros de distância. Ainda não é uma chamada holográfica — como vemos em Star Wars ou Star Trek –, mas o Starline pretende oferecer uma experiência hiper-realista de comunicação.Futuro Google Meet?
O protótipo funciona com uma tela de 65 polegadas, com resolução 8K e taxa de atualização de 60 Hz. Os participantes são filmados por três câmeras de alta resolução, capazes de captar imagens coloridas e medir a profundidade. A engenhoca tecnológica conta ainda com mais quatro câmeras de rastreamento adicionais, quatro microfones, dois alto-falantes, além de projetores infravermelhos.O sistema também está equipado com quatro placas gráficas Nvidia de última geração (duas placas Quadro RTX 6000 e duas Titan RTX) para decodificar todos esses dados captados. Para a transmissão, o Google afirma que é necessária uma largura de banda que varia de 30 Mbps a 100 Mbps. Você pode assistir a um teaser da ideia no vídeo abaixo.
Por mais que pareça algo simples, a empresa ressalta que a tecnologia conta com desafios tecnológicos, como dar a impressão de que as duas pessoas estão fazendo contato visual durante a videochamada ou fazer parecer que as palavras estão saindo da boca do interlocutor projetado na tela e não do alto-falante.
Segundo o artigo, o protótipo já foi utilizado por 117 participantes, em 308 reuniões virtuais, ao longo de 9 meses. A tecnologia é promissora, mas ainda não há informações sobre quando ela estará disponível comercialmente ou quanto custará.
Por enquanto, o Google está testando a cabine de telepresença em escritórios da própria empresa nos Estados Unidos.