O Google entrou com um processo contra a Match Group Inc., empresa que controla o aplicativo de namoro Tinder. A batalha judicial é motivada pelas políticas de uso da Play Store, a loja de apps do Android.
A disputa teve início em maio, quando a Match acionou a Justiça americana alegando que a Play Store adota práticas de negócio que favorecem o monopólio. A empresa não concorda em pagar uma taxa de 15% sobre o primeiro US$ 1 milhão em receita anual obtida via Play Store.
A dona do Tinder defende que essas políticas são anticompetitivas e violam as leis federais e estaduais dos Estados Unidos. O Google chegou a fazer algumas mudanças nessas políticas, mas estas não foram suficientes para que a empresa retirasse a reclamação.
Já o Google acusa a Match de quebra de contrato e provocar uma batalha legal sobre o caso. De acordo com o processo, o Tinder não quer pagar nada pelo uso da Play Store.
Isso “colocaria o Match em uma posição vantajosa em relação a outros desenvolvedores de aplicativos que honram seus acordos e compensam o Google de boa-fé pelos benefícios que recebem”, disse a Google, no processo.
Tinder pode sair da Play Store
Do lado da Match, o argumento é que a Alphabet, que controla o Google, usa seu poder de mercado para assustar desenvolvedores. “O Google não quer que mais ninguém os processe, então suas contra-alegações são como um ‘tiro de advertência’”, disse a dona do Tinder.
Segundo o Bloomberg, o Google busca uma maneira judicial de .
Vale lembrar que a Match não é a única insatisfeita com as políticas da Play Store. A Amazon, por exemplo, retirou recentemente a possibilidade de fazer compras digitais por meio de seus aplicativos para o Android, justamente para não ter que pagar uma taxa de vendas ao Google. A medida afeta o aluguel e compra de filmes e séries no app do “Prime Video” ou a aquisição de ebooks nos apps do “Amazon Shopping”.