Na última quinta-feira (20), o Google anunciou uma grande mudança em sua estratégia de inteligência artificial (IA), unindo suas duas principais divisões de pesquisa em IA, o Google Brain e o DeepMind, em uma única equipe — chamada Google DeepMind.
A fusão das duas equipes foi pelo CEO do Google e da Alphabet, Sundar Pichai, em um post compartilhado na quinta-feira (20).
Pichai disse que a combinação dos talentos do Brain e do DeepMind irá “acelerar significativamente nosso progresso em IA”. O CEO do DeepMind, Demis Hassabis, será o líder da nova divisão. Jeff Dean, do Google Brain, assumirá o papel de cientista-chefe da pesquisa do Google e do Google DeepMind. Jeff Dean fundou o Google Brain em 2011 e se tornou uma das princiáis referências mundiais em pesquisa em IA.
O Google comprou a DeepMind em 2014, por cerca de US$ 500 milhões. O objetivo da nova estratégia do Google é acelerar o desenvolvimento de sistemas de IA mais capazes e responsáveis.
Além disso, o Google DeepMind enfrentará os desafios de concorrer com outras empresas e organizações que estão avançando na área de IA generativa, como a Microsoft e a OpenAI.
Mudança ocorre após ‘fiasco’ do Bard
A fusão do Google Brain e do DeepMind ocorre após o lançamento do Bard, em março. Bard é a IA do Google, rival do ChatGPT e do Bing Chat da Microsoft.
O Bard é um chatbot baseado em IA que usa um modelo de linguagem generativo para responder às consultas dos usuários na internet. No entanto, o produto recebeu críticas de funcionários do Google antes do lançamento e apresentou erros em uma demonstração ao vivo.
Portanto, a nova divisão se concentrará no desenvolvimento de sistemas de IA mais capazes e responsáveis, que possam resolver problemas gerais e complexos em diferentes domínios.
O Google também espera que, com a fusão, as duas equipes possam resolver algumas tensões internas que existiam entre elas, sobretudo a disputa pela independência do DeepMind em relação ao Google e a competição pelos recursos e talentos em IA.