Golpes com Pix explodem em 2 meses: veja principais dicas para escapar

Números de golpes do Pix cresceram nos últimos dois meses. Aqui, listamos os mais comuns - e damos dicas do que fazer para se proteger.
Vem aí o WhatsApp Companion: a mesma conta em dois celulares
Imagem: Reprodução/ Unsplash
O Pix, que existe desde novembro de 2021, precisou de pouco tempo para cair na graça dos brasileiros. A possibilidade de informar apenas CPF, telefone ou e-mail para fazer uma transferência gratuita, afinal, torna tudo mais simples. Em abril deste ano, eram 438,4 milhões de chaves ativas no país. Mas, assim como a popularidade, o número de golpes cresceu de formar relevante.

A empresa de cibersegurança PSafe divulgou, na última quarta-feira (22) que o número de tentativas do chamado “golpe do Pix” aumentou mais de 350% nos meses de abril e maio — se comparado ao bimestre fevereiro/março deste ano. Isso equivale a quase sete mil tentativas por dia, mais de 280 por hora e quatro por minuto, isso somente em abril e maio.

Abaixo, listamos alguns dos principais golpes — e damos dicas de como se proteger.

WhatsApp Clonado 

Neste golpe, o criminoso entra em contato a vítima se passando por uma empresa. Então, pede que que o usuário digite um código, que serviria, na teoria, para confirmar, atualizar ou autenticar algum cadastro.

O problema é que esse código é uma passagem para a clonagem do WhatsApp e sequestro do perfil. Se o usuário não ativar a autenticação em duas etapas, o golpista consegue instalar a conta em outro aparelho. A partir daí, o criminoso aciona os contatos da vítima e pede ajuda financeira, principalmente transferência por Pix, normalmente para contatos que você conversa com mais frequência. Para fugir desse golpe, uma boa ideia é habilitar no seu aplicativo a autenticação de dois fatores — acessível no menu “Configurações” do zap. Trata-se de um procedimento simples, mas que pode ser decisivo em situações do tipo.

Atendimento bancário falso

O golpista se passa por um atendente de banco e induz a vítima a criar uma chave Pix. Para efetivar o cadastro, eles pedem para fazer um teste e a vítima acaba transferindo um valor para o criminoso. Nunca forneça seus dados ou faça operações bancárias em ligações. Funcionários de instituições bancárias nunca solicitam a confirmação ou cadastro de dados pessoais em conversas telefônicas.

Bug do Pix 

Esse golpe começa com a divulgação de notícias falsas, espalhando a informação que existe uma falha no Pix e os consumidores ganharam um prêmio caso façam uma transferência. O sistema criado pelo Banco Central é seguro e sem falhas. Então desconfie de qualquer anúncio de dinheiro fácil. No Instagram e outras redes sociais, anúncios do tipo têm ficado cada vez mais comuns. Se parecer fácil demais, desconfie.

QR Code falso

Uma das formas de fazer pagamentos por Pix é via QR Code. Atualmente, é comum vermos QR Code para transferências em lives que arrecadam dinheiro para artistas ou instituições, por exemplo.

Certos golpistas fazem o download desses vídeos e criam uma nova transmissão, com um QR Code falso, divulgam o vídeo e o dinheiro vai direito para a conta do criminoso. Ao fazer doações, transferências e pagamentos por Pix, via QR Code, fique atento a origem do código. Desconfie dos valores e da origem da solicitação. Na dúvida, não complete a operação.

Urubu do Pix

O golpe funciona da seguinte maneira: uma página de memes do Twitter ou Instagram, com milhares de seguidores posta uma oferta atraente: ao enviar uma quantia de dinheiro via Pix para um corretor desconhecido, o valor será multiplicado e devolvido em minutos. Um simples depósito de R$ 30 pode garantir R$ 300 em poucos segundos, diz o golpe. Para uma cara mais realista, os golpistas colocam depoimentos de pessoas que supostamente saíram no lucro. Mas, ao receber a quantia o atendente não responde mais e logo bloqueia o contato — e quem caiu, fica de mãos abanando. De novo, vale a dica: desconfie de qualquer proposta que prometa dinheiro fácil e evite fazer transferências por WhatsApp.

Principais dicas para não cair no golpe do Pix

  • Antes de fazer qualquer transferência, certifique-se da identidade do recebedor;
  • Atenção no momento de clicar em “confirmar” no aplicativo;
  • Se ainda não estiver habituado com o Pix, peça ajuda a alguém que sabe como fazer;
  • Não clique em links recebidos por e-mail, mensagens de SMS, WhatsApp, redes sociais que direcionam a cadastros de chaves Pix;
  • Antes de fazer uma transferência confirme por ligação o pedido de transferência, o WhatsApp pode estar clonado

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