O que é o 5G, e como ele trará velocidades ainda maiores na internet móvel
O que é o 5G?
Atualmente, as melhores conexões 4G LTE do mundo (que não são as do Brasil) atingem velocidades de 1 gigabit por segundo em condições ideais – prédios, paredes, micro-ondas e sinais Wi-Fi podem interferir nessa conexão, diminuindo a velocidade.
Em 2014, a Samsung testou um candidato ao 5G e conseguiu transmitir dados a 7,5 Gbps (ou 940 MB/s) entre dois pontos fixos. Ela também chegou a uma velocidade estável de 1,2 Gbps (150 MB/s) em um carro viajando a mais de 100 km/h.
Além disso, há uma promessa de redução significativa de latência (o que diminui o tempo de carregamento) para 1 milissegundo, o que nem conexões fixas conseguem. O 4G, por exemplo, tem latência de 50 milissegundos. A latência aqui é fundamental por causa da internet das coisas: todos os diferentes gadgets conectados da sua casa simplesmente param de funcionar caso a conexão esteja congestionada. Por exemplo, a sua fechadura inteligente precisará conversar com o seu smartphone para você conseguir desbloqueá-la – e ela precisa estar conectada para funcionar direito.Como o 5G vai funcionar?
Empresas de telecom e grandes nomes da tecnologia trabalham juntos na criação dos padrões mundiais do 5G. Esses padrões ainda não foram muito bem definidos, mas especialistas esperam que a tecnologia tenha retrocompatibilidade com o 4G e 3G, além de um pouco de interoperabilidade ao redor do mundo. Telefones celulares funcionam mais ou menos como rádios de duas vias: você liga para alguém e sua voz é convertida em um sinal elétrico pelo seu celular. Esse sinal é transmitido para a torre de celular mais próxima a você usando ondas de rádio, e as torres enviam as ondas de rádio através de uma rede de torres até que os sinais cheguem no celular da outra pessoa. O mesmo vale para outras formas de dados, como vídeos e fotos. As redes 5G precisarão de uma frequência de rádio maior do que as usadas pelo 4G. O LTE usa as faixas de frequência de até 20MHz, enquanto o 5G ficará em algo próximo a 6GHz. Isso acontece porque as faixas mais altas de frequência normalmente não são usadas e movem informações a velocidades maiores. No entanto, há um problema aí: os sinais de frequências mais altas não viajam a distâncias tão grandes quanto nas menores, o que exige a instalação de novas antenas para melhorar o sinal nas regiões em que o 5G for oferecido.Qual é o estágio atual do 5G?
Ele ainda está sendo desenvolvido, mas o estágio é um tanto avançado. A Nokia anunciou sua tecnologia de próxima geração para estações-base, chamada AirScale Radio Access, e disse que ela está “pronta para o 5G” – principalmente porque boa parte do sistema depende de software.
Os testes devem começar em breve inclusive no Brasil: a expectativa é que da tecnologia ainda em 2016. Mas, claro, esse é o começo. A disponibilidade comercial da tecnologia ainda demora alguns anos. Especialistas acreditam que o 5G começará a ganhar força de verdade apenas em 2020. Você ainda tem um bom tempo para aproveitar o 4G (ou para começar a usá-lo). A demora na chegada da tecnologia não é exatamente um problema, já que ela é preparada para um mundo da Internet das Coisas que ainda está se formando. Nos próximos anos, as empresas devem aumentar a oferta de diferentes dispositivos conectados para os lares, criando a necessidade de conexões mais rápidas e confiáveis. Talvez em 2020 esse mundo já esteja ganhando forma – e aí o 5G será fundamental. [, , ]Imagem por Huawei