A geleira Thwaites, na Antártida Ocidental, está colapsando. Pode colocar a conta nas mudanças climáticas: o aumento das temperaturas permite que correntes oceânicas quentes fluam pela base do grande bloco de gelo, desestabilizando-o a ponto de se desprender da costa.
O problema é que essa geleira é maior que o estado da Flórida, nos Estados Unidos, e seu derretimento seria suficiente para , destruindo comunidades costeiras. Não a toa, ela é também chamada de .
A região está na mira de cientistas desde 1970. Porém, um estudo recém-publicado na causou preocupação após mostrar que o gelo pode esvair-se mais rápido do que se pensava anteriormente.
Na última década, satélites registraram que o gelo na região estava recuando a uma taxa aproximada de um quilômetro por ano. Porém, eventos esporádicos podem fazer com que esse número aumente.
Análises feitas por pesquisadores de instituições dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Suécia sugerem que, em algum momento nos últimos 200 anos, a base da geleira se deslocou do fundo do mar e recuou a uma taxa de 2,1 quilômetros por ano. O episódio atípico durou cerca de seis meses.
As observações foram feitas com auxílio do Rán, um submarino capaz de aguentar condições extremas de temperatura e pressão. A missão durou cerca de 20 horas e capturou dados de uma área do tamanho de Londres, na Inglaterra.
Os cientistas temem que eventos adversos voltem a acontecer dentro dos próximos anos. Um estudo realizado em 2021 sugere que a plataforma de gelo responsável por estabilizar a geleira e impedir que o bloco se solte para o oceano pode quebrar em cinco anos. , que habita as áreas costeiras ou zonas próximas do mar, poderia sofrer os impactos do degelo.