Um novo estudo é o mais recente a trazer algumas notícias conflitantes quando se trata de COVID-19 e gatos. A pesquisa encontrou evidências de que gatos infectados com o o coronavírus que causa o COVID-19 podem facilmente transmiti-lo a outros gatos dentro de dois dias após a exposição. No entanto, nenhum desses gatos documentados no estudo ficou doente depois de infectado, sugerindo, mas ainda não confirmando, que os felinos podem ser capazes de lidar com o vírus melhor do que as pessoas.
Pesquisadores veterinários expuseram seis gatos saudáveis com menos de seis meses de idade ao novo coronavírus, SARS-CoV-2, através do nariz e da boca. Então, um dia depois, eles apresentaram dois outros gatos ao grupo e os deixaram socializar; outro par de gatos serviu de controle. Os gatos foram vigiados por até 21 dias, com alguns sacrificados e alvos de autópsia em vários dias para estudar os efeitos da infecção no corpo mais de perto.
Todo o primeiro grupo de gatos foi infectado e testou positivo para o vírus dentro de 1 a 10 dias após a exposição. Os dois gatos adicionados posteriormente ao grupo também foram infectados dois dias depois de se misturarem com eles. Nestes gatos infectados, traços de RNA viral foram encontrados no nariz, garganta, pulmões e reto dentro de quatro dias após a infecção, com níveis relativamente altos no nariz e na garganta.
As esta semana no site de pré-impressão biorxiv, o que significa que ainda não foram formalmente publicadas e revisadas por outros cientistas, embora os autores tenham submetido seus trabalhos a uma publicação científica.
Combinados com , os autores escreveram, os resultados “mostram que os felinos são suscetíveis à infecção por SARS-CoV-2 e podem ser reservatórios de vírus em potencial”.
O estudo também descobriu que os gatos não desenvolveram nenhum sintoma clínico durante a infecção e apenas apresentaram sinais corporais menores. Quando havia, rolava inflamação ao longo das vias aéreas e pulmões. Todos os gatos também desenvolveram anticorpos específicos para o vírus uma semana após a exposição, indicando que eles poderiam ter proteção contra reinfecção.
Os resultados do estudo apoiam o que os veterinários estão vendo no mundo real. Na última quinta-feira (6), por exemplo, pesquisadores da Texas A&M University que dois gatos de estimação no estado tinham testado positivo para o vírus, embora ambos fossem assintomáticos. Eles provavelmente o contraíram de familiares humanos infectados.
Ainda há grandes questões sobre como o COVID-19 funciona em gatos e outros animais de estimação, de acordo com o autor do estudo Juergen Richt, um pesquisador veterinário da Universidade Estadual do Kansas, que é especializado em vírus. Mais pesquisas precisam ser feitas antes que possamos concluir que os gatos não são capazes de ficar gravemente doentes com o coronavírus como as pessoas ficam, especialmente os gatos mais velhos. Também precisamos estudar se o vírus sofre alguma alteração genética importante ao infectar gatos, se pode permanecer em uma caixa de areia compartilhada e infectar outras pessoas e se os gatos podem ser infectados novamente.
O fato de os gatos poderem facilmente espalhar o vírus para outros gatos, provavelmente por meio dos altos níveis de vírus que liberam do nariz e da garganta no início da infecção, é potencialmente preocupante para gatos e humanos, acrescentou Richt.
“A facilidade de transmissão entre gatos domésticos indica uma necessidade significativa de saúde pública para investigar a cadeia principal de transmissão humano-gato-humano”, disse ele por e-mail. “Também é fundamental que os donos de animais sejam educados sobre os riscos e medidas preventivas para acalmar os medos e desencorajar o abandono de animais”.
Tanto a e o agora aconselham que as pessoas com teste positivo para o vírus evitem contato próximo com seus animais de estimação, bem como outros membros da família humanos enquanto estiverem doentes, e usem máscaras ao redor deles quando isso não for possível