Em 2015, George Miller surpreendeu o mundo com o ótimo “Mad Max: Estrada da Fúria”, que marcava o retorno da franquia após um longo hiato de 30 anos. Mesmo com uma série de problemas durante a produção, o longa recebeu dez indicações ao Oscar e venceu em seis categorias em 2016. E como nasceu “Furiosa”? Veja abaixo.
Embora antes da estreia os olhos estivessem voltados para o novo Max, que seria interpretado pela primeira vez por Tom Hardy, que substituiu Mel Gibson no papel, quem caiu nas graças dos espectadores foi a personagem Imperatriz Furiosa, interpretada pela talentosa Charlize Theron.
O que o Giz Brasil achou de “Furiosa”
Nove anos depois, Miller entrega aos fãs da franquia a prequel “”, agora protagonizada pela atriz Anya Taylor-Joy, que desde muito jovem já mostrava ser muito acima da média. Se ainda existia alguma desconfiança sobre sua capacidade de interpretar uma personagem “badass”, a atriz mostrou mais uma vez que é extremamente versátil.
Embora não tenha muitas falas na produção, em diversos momentos do filme Taylor-Joy é capaz de emocionar sem precisar dizer nenhuma palavra. A atriz é capaz de transmitir sentimentos e sensações apenas com os olhos, o que não é uma tarefa simples mesmo para os atores mais experientes.
Outra estrela que brilha, e muito, na produção é o galã Chris Hemsworth, que, pelo menos desta vez, não está tão “galã” em razão de sua caracterização para viver o senhor da guerra Dementus, um daqueles vilões cruéis, facilmente odiáveis, mas que no fundo, ainda possuem um certo carisma. É este personagem quem desperta o desejo de vingança de Furiosa, movida por este sentimento durante todo o filme.
Mais uma vez George Miller entregou um excelente longa de ação, com cenas de tirar o fôlego em sequências caóticas muito bem elaboradas, mas sempre muito claras, o que permite que a audiência entenda perfeitamente o que está acontecendo sem problemas.
A direção de fotografia, assim como em 2015, dá um show com várias cenas que, certamente, dariam ótimos quadros, mas os mais exigentes em relação aos efeitos de computação gráfica podem se decepcionar um pouco, já que em alguns momentos o uso de CGI é bastante perceptível.
O brilho do elenco
Se em “Estrada da Fúria”, se situar naquele mundo pós-apocalíptico era um pouco complicado, “Furiosa” trata de elucidar melhor o relacionamento das comunidades de Citadel, Bullet Farm e Gastown. E como a coexistência pacífica de seus líderes é importante para a sobrevivência de todos.
Se a dupla Taylor-Joy/Hemsowrth brilha, outros membros do elenco também se destacam. Com destaque para Tom Burke, que vive Pretorian Jack, e Charlee Fraser, que interpreta Mary Jo Bassa, a mãe de Furiosa. Ambos entregam ótimas atuações mesmo com menor tempo de tela.
Aliás, Burke não foi a primeira escolha para o papel. Pretorian Jack seria vivido originalmente por Yahya Abdul-Mateen II, que, segundo a imprensa internacional, precisou abandonar o longa em razão de uma incompatibilidade de agendas.
Embora seja um excelente filme de ação, “Furiosa” ainda não é capaz de superar “Mad Max: Estrada da Fúria”. Este é realmente um ponto fora da curva e um marco na história do cinema. No entanto, funciona bem como uma prequel. E não se perde buscando ser um grande “fan service”, embora tenha algumas referências a outros longas da franquia.
“Furiosa: Uma Saga Mad Max” estreia nas principais salas de cinema do Brasil em 23 de maio de 2024.