Furacão Milton e tempestade solar severa atingem os EUA ao mesmo tempo
As últimas semanas têm sido intensas para os EUA, mas nada se compara ao que acontece nesta quinta-feira (10). Nem bem terminou a passagem devastadora do furacão Milton na Flórida, agora é a vez de uma forte tempestade solar.
Pela terceira vez nesta semana, será possível observar a aurora boreal no céu de alguns locais dos EUA, mas o belo fenômeno virá com um preço – e caro.
Auroras, boreais ou austrais, são fenômenos que ocorrem pela emissão solar de partículas carregadas de energia.
As partículas do vento solar colidem com átomos na atmosfera da Terra, gerando auroras boreais. Devido ao auge do ciclo solar, 2024 está sendo um ano de auroras intensas.
E com o máximo solar, o “vento solar” se torna uma tempestade solar, que deve chegar aos EUA pouco depois do furacão Milton, que arrasou a Flórida nesta madrugada.
Mais cidades podem ficar sem energia com tempestade solar
blasting Apollo Beach . Combined assault of wind and water. — Josh Morgerman (@iCyclone)
Com a tempestade solar ocorrendo simultaneamente ao Milton nesta quinta-feira (10), mais pessoas nos EUA podem ficar sem energia. O fenômeno também vai afetar operações de satélites, incluindo de baixa órbita, como os da Starlink.
“Ainda não sabemos quais serão as consequências, então estamos ampliando a campanha de conscientização”, afirmou Shawn Dahl, do Centro de Previsão do Tempo da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA).Em uma coletiva de imprensa, Dahl revelou que a NOAA já comunicou as empresas de energia dos EUA e garantiu que elas estão tomando medidas cautelares para uma possível tempestade solar.
Além disso, a NOAA também acionou a Agência Federal de Gestão de Emergências dos EUA, responsável por mobilizar ações para aliviar as consequências do furacão Milton e do Helene, há duas semanas, que matou cerca de 230 pessoas.
De acordo com o órgão, a tempestade solar, que atingiu os EUA durante a passagem do Furacão Milton, é de escala 4. No entanto, há 25% de chance que ela suba para a escala 5, a maior de todas.
Anteriormente, empresas de energia conseguiram conter os impactos de tempestades solares desta magnitude, mas satélites, como os da Starlink, reportaram problemas.