O mês de setembro marca a entrada da primavera no hemisfério Sul. Nessa estação, a parte inferior do globo fica mais exposta aos raios solares e, consequentemente, mais aquecida.
Mas parece que o inverno ainda não está pronto para deixar o Brasil. Nas últimas semanas, alguns estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, viram os termômetros oscilarem bastante. Quem estava no festival Rock in Rio, por exemplo, suou em um dia e tremeu no outro.
A culpa está nas frentes frias, que por meteorologistas desde agosto. A primeira massa de ar polar atingiu o país no final do último mês, deixando o tempo nublado, gelado e até mesmo chuvoso em algumas regiões.
Talvez você se lembre de ter passado frio no feriado de 7 de setembro. Isso aconteceu porque uma segunda frente fria atingiu o país na semana do bicentenário da independência.
E quando achamos que tinha acabado, outra frente fria surge para nos colocar debaixo das cobertas. , por exemplo, são previstas rajadas de vento de 40 a 60 km/h desde a Região dos Lagos (RJ) até Vitoria (ES). Já para a região sudeste de São Paulo, são esperadas chuvas a qualquer hora.
Talvez você se pergunte, por que há tantas frentes frias em uma época em que o Sol deveria começar a reinar? Há alguns outros fenômenos climáticos atrapalhando o trabalho do astro-rei.
Um deles é a , abreviada como AAO. Essa é uma variabilidade atmosférica de baixa frequência capaz de favorecer a passagem de frentes frias e a entrada de massas de ar polar no país.
Há também o La Niña, que ainda está atuando sobre o Oceano Pacífico Equatorial. O fenômeno pode se estender até o final do ano, deixando algumas regiões com temperaturas superficiais mais baixas que o normal. Alguns podem ocorrer como consequência durante a primavera, embora sejam breves e esporádicos.