Cultura
Fotógrafo junta McDonald’s mais inusitados do mundo no livro “McAtlas”
Gary He é um fotógrafo premiado que decidiu criar o McAtlas para mostrar um lado desconhecido de um dos símbolos mais conhecidos da cultura urbana ocidental
Imagem: Gary He/McAtlas/Divulgação
Com uma quantidade enorme de lanchonetes, é nitidamente difícil “zerar” todos os McDonald’s de uma cidade grande. Se você for de Belo Horizonte, por exemplo, a tarefa é mais fácil, pois há 29 arcos dourados na capital mineira. Mas se você morar em São Paulo, a missão fica ainda mais complicada.
A capital paulista tem 205 McDonald’s, incluindo o Méqui 1000. Além de ser o milésimo restaurante do McDonald’s inaugurado no Brasil, o Méqui 1000 possui uma arquitetura especial.
E é por isso que o Méqui 1000 faz parte do livro “McAtlas”, do fotógrafo americano Gary He, que registrou mais duzentos McDonald’s inusitados em mais de 50 países.
Gary He decidiu criar o “McAtlas” para mostrar um lado desconhecido de um dos símbolos mais conhecidos da cultura urbana ocidental – e oriental também, como veremos.Embora os arcos dourados também sejam um dos principais símbolos do capitalismo norte-americano, o foco do “McAtlas” são as peculiaridades culturais dos McDonald’s mundo afora.
“McAtlas” apresenta cardápios inusitados, mas foca na arquitetura de McDonald’s
As influências regionais no cardápio fazem parte do “McAtlas”, como o excêntrico McSpaghetti, dos McDonald’s da Itália, e o McFish. No entanto, o interesse do fotógrafo é registrar o McMundo através de fotos, contexto histórico e endereços de McDonald’s de cinco continentes.
Segundo o autor, a ideia do “McAtlas” surgiu há cinco anos. Em 2018, ele comeu uma refeição específica para o Ramadã – período de jejum e restrições alimentares da religião Islã – em um McDonald’s de Marrakech, no Marrocos.“Quando fui procurar mais informações sobre o cardápio específico para o Ramadan não encontrei quase nada. Além disso, eu descobri que o último livro sobre as operações da empresa é da década de 1980. A gente tá falando do maior restaurante do mundo! Foi nesse momento que percebi que era um tema importante não só para mim e que também preenche uma lacuna sobre o que temos de informação de uma das empresas mais importantes do mundo”.