Há 66 milhões de anos, o asteroide Chicxulub atingiu a Terra, levando à extinção dos dinossauros e a formação de uma cratera de 180 quilômetros de largura no que é hoje o México. Agora, cientistas acreditam que ele não veio desacompanhado.
Pesquisadores da Universidade Heriot-Watt, em Edimburgo, descobriram uma possível cratera de impacto sob o mar da África Ocidental, que parece ter se formado na mesma época em que o asteroide de 13 quilômetros de diâmetro caiu por aqui.
Esse outro asteroide não é totalmente inédito. Na verdade, os cientistas acreditam que a gravidade quebrou o Chicxulub em pedaços durante uma de suas órbitas, permitindo que um segundo detrito atingisse a Terra tempos depois. A equipe não descarta a possibilidade de haver mais crateras ligadas ao mesmo episódio.
O remanescente recebeu o nome de Nadir. Ele era consideravelmente pequeno, com apenas 400 metros de diâmetro. Por consequência, gerou efeitos menores, como um tsunami com mais de um quilômetro de altura e um terremoto de magnitude 6,5 ou mais.
Claro, seus impactos são relativizados pois estamos comparando com um asteroide que dizimou a vida dos dinossauros na Terra. Se levarmos em consideração a recente erupção vulcânica em Tonga, por exemplo, veremos que a colisão do Nadir liberou 1.000 vezes mais energia. Por outro lado, se o Chicxulub entrar na disputa, o número sobe para 10 milhões.
Um estudo completo sobre a nova cratera foi publicado na revista . Os próximos passos dos pesquisadores envolvem a perfuração do local. Com amostras do núcleo em mãos, os cientistas poderão confirmar se aquela é realmente uma estrutura de impacto e datá-la com mais precisão.