Relembrando Adrian Frutiger, criador de fontes usadas em diversas cidades do mundo
O tipógrafo Adrian Frutiger morreu na semana passada, mas as fontes criadas por ele permancerão por muito tempo nas cidades do mundo.
Talvez não exista nenhum outro tipógrafo com um trabalho tão usado pelo mundo. Adrian Frutiger, que faleceu na semana passada aos 87 anos, criou fontes que você pode encontrar em qualquer parte do mundo, seja em uma estação de metrô ou no teclado de um computador.
O tipógrafo suíço nasceu em 1928 e trabalhou em uma gráfica enquanto brincava com caligrafia, desenhando letras em seu tempo livre. Ele acabou indo trabalhar na fundição de tipos Deberny & Peignot, em Paris. Foi nessa época que a Helvetica e Futura estavam por todos os lados, iniciando a era das fontes sans serif de inspiração suíça. Frutiger recebeu um pedido para desenvolver uma fonte dessas, criando assim a Univers.
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Frutiger ainda deixou uma marca incrível nas nossas cidades com outra fonte que acabou recebendo o seu nome. Uma comissão do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, deu a Frutiger a oportunidade de melhorar a Univers, fazendo seus caracteres confusos ficarem mais legíveis mesmo a grandes distâncias.
A fonte, inicialmente chamada de Roissy, por causa da localização do aeroporto, é a mais focada em informação de todo o seu trabalho. A nitidez para a leitura era o único objetivo. Eu amo essa citação do próprio Frutiger sobre a Frutiger: “O mais importante era a clareza total – eu diria até nudez – e ausência de qualquer adição artística.”
Lançada oficialmente em 1976, a Frutiger se tornou uma queridinha em placas de rodovias – como a abaixo, na Suíça – além de sistemas de transporte público em geral e terminais de aeroportos. A família da fonte é tão sólida que : Helvetica, Clearview e Frutiger. Na Europa, a Frutiger é a mais adotada.
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