Apesar do marketing e da grande demanda por emagrecedores como Ozempic e Wegovy – que gerou uma escassez dos medicamentos na farmácia –, um novo estudo revelou que maioria dos norte-americanos rejeita os remédios injetáveis.
O estudo, de abrangência nacional, foi encomendado pela Comitê de Médicos para Medicina Responsável dos EUA e pela Morning Consult, especializada em inteligência empresarial.Com duas perguntas sobre o uso de emagrecedores, o estudo analisou percepções e tendências relacionadas a métodos de perda de peso, sobretudo em mudanças na dieta e emagrecedores.
Segundo o estudo, apenas 23% dos participantes afirmaram que usariam remédios injetáveis para perder peso “em vez mudar a dieta”. A maioria esmagadora de 62% disse que não usaria remédios como Wegovy ou Ozempic.Além disso, a maioria dos participantes revelou interesse em tentar uma dieta vegana ou vegetariana. 68% das pessoas do grupo interessado em perder peso afirmaram interesse em uma dieta baseada em plantas.
Flopou mesmo?
A análise destaca que esse interesse é maior entre jovens adultos, entre 18 e 34 anos, enquanto adultos acima de 64 anos foram a maioria contra emagrecedores como Ozempic e Wegovy.
Por outro lado, jovens adultos e adultos com idade entre 35 e 44 anos responderam preferir emagrecedores do que mudar a dieta, enquanto adultos acima de 64 anos formaram a maioria contra testar uma dieta vegana.
Isso ressalta, possivelmente, um viés no estudo. As duas perguntas eram:
- “Se eu quisesse perder peso, usaria um remédio injetável para emagrecer em vez de mudar a minha dieta”
- “Se uma dieta baseada em plantas resultar em perda de peso significativa, eu teria interesse em tentar, mesmo que brevemente”
Neal Barnard, presidente Comitê de Médicos para Medicina Responsável, é um dos principais opositores do uso de emagrecedores como Ozempic e Wegovy nos EUA. Em setembro, ele lançou um livro sobre dietas destacando os efeitos negativos dos emagrecedores.
Além disso, Barnard é o principal nome que propaga os benefícios das dietas com base em plantas, que, apesar dos benefícios comprovados, amplia o viés da pesquisa, que não contém nenhum aviso sobre conflitos de interesse.