A luz viaja pelo vácuo a 299.792.458 metros por segundo. Para tornar o número mais palpável, é possível dizer que, em apenas um segundo, os raios luminosos são capazes de viajar 300 mil quilômetros — o que é pouco menos que a distância da Terra até a Lua.
Até então, essa velocidade só havia sido ultrapassada em sagas de ficção científica, como “Star Wars” e “Star Trek”. Agora, cientistas da Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, e da Universidade de Rochester, em Nova York, conseguiram fazer em laboratório com que fótons acelerassem que a velocidade da luz.
Os fótons são partículas elementares que compõem a luz. Os pesquisadores manipularam essas partículas dentro de plasma quente (gás ionizado), fazendo-as correr 30% mais rápido que a velocidade limite. O estudo completo foi publicado na revista científica .
A velocidade de um fóton é definida pela rede de campos elétricos e magnéticos presentes no espaço. O eletromagnetismo não pode ser alterado, porém, os pulsos de fótons também geram conjuntos de ondas regulares que, dependendo do ambiente, permitem aos cientistas desacelerar ou acelerar as partículas.
Talvez você esteja se perguntando, qual é a vantagem de acelerar os fótons acima da velocidade da luz? Para o desânimo de muitos, isso não significa que poderemos viajar de uma galáxia a outra em questão de segundos. Não ainda.
Porém, do ponto de vista teórico, o experimento ajuda a aprofundar a física dos plasmas e impõe novas restrições à precisão dos modelos atuais. Na prática, a tecnologia permitiria a criação de lasers ainda mais potentes, que poderiam ser usados em aceleradores de partículas ou na geração de energia limpa através de fusão nuclear.