Tecnologia

Fim do zero rating: TIM vai reduzir apps ilimitados de planos móveis

Objetivo da TIM é substituir zero rating em aplicativos de redes sociais por outros benefícios, como streamings de vídeo e áudio
Imagem: TIM/Divulgação
A TIM vai oferecer menos aplicativos ilimitados nos planos de celular. Na tendência de encerrar o “zero rating”, a operadora quer substituir os apps que não consomem a franquia de dados por benefícios “perceptíveis e amigáveis”, segundo o CEO Alberto Griselli.

Durante uma conversa coletiva com a imprensa, na última quarta-feira (7), executivos da TIM explicaram a decisão da empresa. Em geral, a operadora quer eliminar o zero rating porque os clientes não veem valor no benefício e, muitas vezes, nem sabem que existe.

O CRO da TIM, Fábio Avellar, comentou ter como objetivo a justa remuneração da rede de dados. A ideia é substituir, aos poucos, os aplicativos com zero rating por outras opções, como serviços de streaming de vídeo e áudio.
Para o executivo, quando o zero rating era a estratégia principal, o mundo funcionava de forma diferente. Em alguns planos, a TIM permite o uso ilimitado de determinados aplicativos, como WhatsApp, Instagram, Facebook e afins.
Segundo Mário Girasole, vice-presidente de assuntos regulatórios, institucionais e relações com a imprensa da TIM, o fim do zero rating deve adequar o fair share de certos negócios. Nesse caso, o fair share define a remuneração pelo uso das redes de telecomunicações por parte das big techs.

Quando uma plataforma digital transmite um jogo de futebol ao vivo por uma rede social coberta pelo zero rating, por exemplo, existe o uso da rede móvel, mas não há retorno por parte das grandes empresas de tecnologia.

Claro também elimina o zero rating em novos planos

O debate sobre o fair share está em alta desde o ano passado entre as operadoras de telefonia e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A Claro, inclusive, confirmou ao  o fim de apps ilimitados em novos planos.

De acordo com o vice-presidente de marketing da Claro, Marcio Carvalho, os planos controle comercializados a partir de 2024 marcam o fim do zero rating em aplicativos de redes sociais. O WhatsApp segue como a única exceção.

Tanto a atitude da Claro quanto a da TIM mostram que as operadoras querem ser remuneradas por oferecerem suas redes móveis. Enquanto não houver o fair share por parte das grandes plataformas digitais, o zero rating também não irá existir.
Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Jornalista especializado em tecnologia, jogos, entretenimento e ciência. Já passou por grandes redações do Brasil (TechTudo, Tecnoblog, Terra e Olhar Digital) e trabalhou com relações públicas e assessoria de imprensa na Theogames, atendendo à Blizzard Entertainment e mais clientes do mercado de videogames. É apaixonado pela cultura geek, música e produção de conteúdo. Nas horas vagas, é aspirante a artista marcial e cozinheiro.

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