Grandes empresas como Google, Apple e Facebook estão apostando que a realidade virtual vai atingir um público bem amplo nos próximos anos. O Festival de Sundance mostra o que esperar, promovendo onze filmes VR de produção independente . Você pode assistir todos em seu smartphone – mas é por tempo limitado.
Os finalistas foram escolhidos entre centenas de filmes, e entre eles estão alguns documentários, viagens de ácido horripilantes, e até mesmo um clipe musical de Reggie Watts.
Eles ficarão até 12 de fevereiro no app Sundance VR, disponível e compatível com o Google Cardboard (que custa a partir de R$ 20 ) e com o Samsung Gear VR (lançado no Brasil por R$ 799).
Um dos curtas em destaque é , um drama futurista sci-fi que acompanha uma mulher que sofreu um derrame e foi congelada criogenicamente. (É a estreia em realidade virtual do diretor Randal Kleiser, de Grease – Nos Tempos da Brilhantina).
A senhora Garrison desperta 30 anos depois, quando o filme começa. O espectador vive a história a partir da perspectiva dela, que é levada de cadeira de rodas pelo hospital e se reencontra com sua família – que é bastante emotiva.
Embora essa não seja exatamente a história mais original de todas, esta foi a primeira vez que eu vi o VR adicionar uma nova dimensão à narrativa. Ver as cenas a partir da perspectiva da mulher adiciona mais emoção, porque parece muito mais realista do que um filme 2D.
Quando um médico se inclina para tocar o joelho da Sra. Garrison, isso se sente real. Parece que há um médico na sala onde você está sentado. E quando você olha para trás e vê o cara empurrando sua cadeira de rodas, isso deixa você muito mais submerso no mundo fictício.
Outra ótima história em VR de Sundance é , que coloca você em um centro de comando onde você assiste um drone explorando o interior de um asteroide após um pedido de socorro. Spoiler: você encontra uma caverna cheia de cadáveres humanos petrificados. Tirem-me daqui!
O último filme que eu assisti foi , baseado em um musical na Inglaterra com o mesmo nome. Ela começa em um abismo de neon preenchido com anêmonas em Technicolor, quando uma cabeça enorme de gato dourado usando óculos brilhantes começa a flutuar na frente do seu rosto, cantando um hino assombroso que repete a fala “It’s FAAAAAAAAAAABULOUS”.
Ele também tinha dentes enormes e me acompanhava para qualquer lugar que eu olhasse. No fundo, havia o som de um disco quebrado com uma mulher britânica dizendo “puuussycat, puuuuussycat” acompanhando a música do gato. Eu me senti preso, ameaçado e profundamente perturbado. Não consuma qualquer droga alucinógena antes de entrar nessa realidade virtual.
Todas essas experiências VR são incríveis, mas têm algumas deficiências. Por exemplo, a qualidade da imagem não é ótima. Em Defrost, as sequências de ação ou cenas mais interativas eram menos nítidas e tinham resolução pior se comparadas a cenas em que os personagens não se moviam tanto. Claro, eu estava vendo todos usando um Google Cardboard, não um Oculus Rift.
A qualidade de imagem também não foi ótima em Sonar, e eu senti que as cenas mudavam muito rápido para eu ficar completamente imerso na história. Além disso, como eu estava vendo tudo com o Cardboard, meus braços se cansaram de segurar o headset no rosto o tempo todo.
Mas, no geral, as experiências do Sundance VR mostram que a realidade virtual pode contar histórias dando a nós maior proximidade emocional com os personagens, bem como uma sensação sem precedentes de unidade com a cena.
Ainda há muitas coisas que eu gostaria de ver, no entanto: uma qualidade de imagem a par com filmes normais em HD, uma cinematografia que tira o máximo proveito dessa tecnologia, e uma forma de tornar filmes em realidade virtual acessíveis para todos.
Baixe o app Sundance VR gratuitamente .
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