“Feijão carioca” não nasceu do Rio; saiba a origem do nome
Existem termos tão populares que são apenas replicados. Mas, quando se pensa sobre, eles podem não fazer tanto sentido. É o caso do feijão carioca, que de carioca não tem nada.
Embora seja preferência de 60% da população brasileira, de acordo com a Embrapa, é justo no Rio de Janeiro em que ele perde o favoritismo para a variação do feijão preto. Além disso, suas origens e nome também não remetem a nada da cidade maravilhosa.
Ainda assim, sua história é bastante curiosa.
Origem do feijão carioca
Na verdade, esse tipo de feijão tem origem no interior de São Paulo, na década de 1970. Foi nessa época que um produtor agrícola da cidade de Palmital encontrou em sua plantação uma variedade do grão ainda desconhecida.
Ela tinha coloração marrom-clara, com listras mais escuras. Provavelmente, a mutação genética do feijão foi natural. Mas o produtor levou a semente dessa nova variedade ao IAC (), outra cidade do interior de São Paulo.
Lá, pesquisadores testaram o grão e descobriram que ele tinha uma produtividade maior que outros feijões. Então, o instituto passou a multiplicar suas sementes, distribuindo-as para plantio, até que o alimento se tornou um dos mais populares do Brasil.
Sua alta produtividade e a distribuição das sementes fez com que ele ganhasse espaço também nos mercados, deixando de ser comercializado apenas em feiras de rua. Hoje, existem cerca , de acordo com o IAC.
De onde vem o nome?
Diferentemente do que acreditam muitas pessoas, o nome feijão carioca não surgiu como referência das listras do grão ao desenho do calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Na verdade, o padrão rajado do alimento lembrou algumas pessoas das características físicas de uma raça de suínos conhecida como “porco carioca”. Em geral, a raça é comum na região em que surgiu a variedade de feijão.